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Alê Fonseca e Marcelo Kraiser inauguram a exposição “Sombras que Ficam”, na casa – Obras sobre papel, dia 27 de Outubro

Fotografias com técnicas do século XIX estão na mostra

O interesse comum pela imperfeição, afinidades estéticas e a admiração mútua levaram os artistas Alê Fonseca e Marcelo Kraiser a assinarem juntos a próxima exposição da cAsA – Obras Sobre Papel:  “Sombras que ficam”, que será inaugurada no dia 27 de outubro, às 20h.

  Com curadoria de Susan O. Campo e texto crítico da professora doutora Maria do Céu Diel de Oliveira, a mostra reúne mais de 30 trabalhos, entre individuais de cada artista e obras produzidas a quatro mãos, especialmente para a ocasião. São fotografias realizadas com técnicas do século XIX, que têm um processo lento: as imagens são feitas uma a uma e reveladas de maneira artesanal, o que possibilita interferências do tempo e gera imperfeições.

“Temos uma atração mútua pelo estrago, pelo mofo, nesses trabalhos há uma desobediência tecnológica que nos interessa. A matéria-prima veio de acervos nossos, alguns negativos do século passado... Mas também fizemos fotos juntos, com câmeras de grande formato (8x10). Trabalhamos em linhas distintas, porém com um diálogo muito interessante”, conta Alê Fonseca.

O convite para a exposição em dupla veio de Alê, que já conhecia o trabalho de Kraiser, um dos pioneiros dessa técnica no Brasil. “Com essa proposta revisitamos o meu acervo e escolhemos juntos. Sou admirador do trabalho do Alê, tanto musical quanto visual e a diferença de geração entre nós não interferiu, há uma confluência, por isso deu tão certo. Não temos um apreço a fotografias bonitas, flagrantes... O atraente dessa técnica é estarem sujeitas a deformidades e isso, sim, nos prende”, explica Marcelo.

Convidada a escrever sobre a mostra, Maria do Céu conclui “como todos os artistas, perguntaram às sombras suas histórias e lhes deram vozes: no silêncio de suas respostas, encontraram o caminho de volta ao presente do passado, nosso lugar, um sempre presente ontem, agora aqui”.

Marcelo Kraiser (1952) é natural de Belo Horizonte, poeta, fotógrafo, desenhista, músico, ilustrador, construtor de instrumentos sonoros, professor e doutor em Letras. Alê Fonseca (1989) também é natural de Belo Horizonte, tecladista e sintetista, fotógrafo e gravador.

 

Foto: Divulgação

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