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Musica Figurata realiza o concerto - Música Poesia e drama no Museu Mineiro BH

Nos últimos meses, o Musica Figurata vem apresentando a série “Música, Poesia e Drama”, com concertos que retratam o surgimento da ópera. E após explorar as origens do estilo na Itália renascentista, o grupo realiza agora uma apresentação voltada para a chegada da ópera no Brasil colonial, que será no dia 8 de novembro, às 19h30 no Museu Mineiro, com entrada franca. O Musica Figurata utiliza réplicas fiéis a instrumentos antigos para reproduzir um repertório que vai do período medieval ao pré-clássico. Nesta apresentação, sobem ao palco o sopranista Sérgio Anders, o baixo-barítono Raoni Guerra, os violinistas barrocos André Cavazotti e Waldir Gomes, Rainer Patriota na viola da gamba e Robson Bessa, no cravo e direção musical. O concerto será aberto com cantatas de Alessandro e de seu filho, Domenico Scarlatti. Enquanto Alessandro foi responsável pela consolidação do estilo operístico Italiano no final do século XVII, Domenico Scarlatti o popularizou em Portugal – e em seguida no Brasil, durante as três décadas que viveu na península Ibérica. Serão interpretadas árias que se aproximam do estilo de Don Quixote, a primeira ópera Italiana apresentada em Portugal de autoria de Domenico. Em seguida será executada uma cantata de Georg Frederick Handel, compositor alemão que levou para Inglaterra o melhor da ópera Italiana. Trechos de óperas do século XVIII de grande popularidade no Brasil também serão apresentados. Em particular, duas árias da Olimpiade com libreto de Metastasio e música de Antonio Vivaldi. E o concerto será encerrado com um dueto da ópera "Variações de Proteu" do luso-brasileiro Antonio José da Silva, o Judeu. As óperas do Judeu foram as primeiras compostas em português, e após grande sucesso em Portugal foram apresentadas em todo o Brasil. Esse dueto marca o seu retorno a Minas Gerais após mais de dois séculos de silêncio. Sobre o Musica Figurata: Desde sua criação, em 2003, o Musica Figurata tem se dedicado intensamente ao estudo e difusão do abundante patrimônio musical e cultural mineiro, brasileiro e europeu, dos séculos XIV ao XIX. Seu principal objetivo é promover o diálogo entre diferentes artes para recriar, da maneira mais autêntica possível, a atmosfera histórica, artística e cultural desses períodos. O nome vem de uma expressão latina que significa música numerada, cifrada, na qual o baixo recebe números, que correspondem aos acordes e que devem ser tocados por instrumentos harmônicos, como o cravo, alaúde, dentre outros. Utilizando réplicas de instrumentos antigos, o grupo ilustra como a música europeia foi realizada no Brasil, principalmente em Minas Gerais, e aos poucos foi ganhando características autóctones, agregando também elementos africanos. Esse movimento antropofágico deu origem a gêneros musicais importantes, como a modinha e o lundu, que no séc. XIX se transformariam no samba. Desde o seu surgimento, o Musica Figurata vem se desenvolvendo e se projetando no cenário regional com constantes apresentações nas salas de concertos de Belo Horizonte e cidades históricas mineiras, e em especial, à série promovida pelo Museu Mineiro, iniciada em 2005. Sua presença também é marcante nacional e internacionalmente, através de concertos no Rio de Janeiro, em Brasília no Palácio Jaburu, Petrópolis, Assunção e Montreal.

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