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Até o dia 16 de novembro, a curadora Cristina Burlamaqui apresenta, na Galeria Murilo Castro, a exposição Somatório Singular II. A primeira edição da mostra aconteceu em abril de 2012, com sete jovens que estavam despontando no cenário artístico. Desta vez, a curadora volta a Belo Horizonte com obras de outros sete artistas cariocas de uma representativa geração, com trabalhos consistentes na arte contemporânea brasileira e carreiras consolidadas. São eles: Anna Paola Protásio, Beatriz Carneiro, Bob N, Daisy Xavier, Luciano Figueiredo, Ricardo Becker e Tatiana Grinberg. A pluralidade e diversidade de linguagens continuam sendo a essência dos trabalhos investigativos da curadora. Um ponto em comum entre eles, é que estão explicitamente impregnados da experiência pós-construtiva e elaboram novas linguagens. Com suas obras, inventam um novo campo de experiências em que a gramática dos materiais e as técnicas se renovam e despertam novas fruições. “O critério curatorial levou em conta o dinamismo das diferentes visões/poéticas, mostrando de forma viva as novas descobertas contemporâneas nos âmbitos da pintura, desenho, fotografia, escultura e instalação. Trata-se, assim, da soma de singularidades, porém, sem a proposição de um tema central; o interesse é, de fato, a pluralidade de poéticas singulares, a visão de cada artista, fundada no conhecimento acumulado da arte e na multiplicidade dos sentidos”, explica Cristina. Beatriz Carneiro propõe um encontro do físico com o objeto e mostra, sem pudor, a realidade das coisas, em uma reflexão sobre vida e morte. A desconstrução também está nas caixas, quadros, pinturas de Ricardo Becker. Bob N discute a proposta de criação de um mundo utópico a partir da cor azul. Já o azul ultramarino da água que escorre dos vidros das esculturas antropomórficas de Daisy Xavier é o vetor da instabilidade dos corpos. Anna Paola Protásio apresenta intenso rigor geométrico e quebra a rigidez das estruturas, ficando entre o matemático e o inesperado. A poética de Tatiana Grinberg concentra os trabalhos na relação corpo-espaço. Na obra de Luciano Figueiredo, nosso olho passeia em um fluxo sensorial pelas diversas camadas das telas planares que, em suspensão, se descobrem em interplanos de cor. Assim, em Somatório Singular II as obras revelam os conceitos de seu tempo em contradição com o próprio tempo e revelam sua singularidade e o prazer da fruição estética.