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Em apresentação inédita, Carlinhos Brown e OSMG celebram a música popular brasileira

Ajayô! O cantor e compositor baiano Carlinhos Brown é o convidado da Fundação Clóvis Salgado para a próxima edição da série Sinfônica Pop. Pela primeira vez em parceria exclusiva com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Brown se apresenta em duas oportunidades, oferecendo ao público o melhor de um repertório que celebra os maiores sucessos do artista. As apresentações, que têm regência do maestro convidado Rodrigo Toffolo – Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Ouro Preto – aliam o talento do cantor à versatilidade da Orquestra.

Segundo Toffolo, que também faz sua estreia ao lado da OSMG, o programa Sinfônica Pop se faz essencial na desmistificação da música sinfônica como algo inacessível, e tem mostrado resultado muito positivo. “Essa iniciativa é da maior importância. As instituições devem permanecer atentas aos novos públicos, que acabam voltando aos espaços que conheceram pela ótica do pop para descobrirem novas musicalidades”, conta o maestro. As canções foram adaptadas para a orquestra pelas mãos de vários arranjadores renomados: os músicos Fred Natalino, Jaques Morelenbaum, Marcelo Ramos, Mario Adnet e Lucas Araújo.

O repertório traz composições marcantes da carreira de Carlinhos no grupo Tribalistas, como Amor I Love You, Vilarejo e Velha Infância. Além dos clássicos que ganharam o Brasil nas vozes de Marisa Monte e Arnaldo Antunes, o show também reserva algumas surpresas. “Nos baseamos em um trabalho de Carlinhos como compositor que curiosamente poucas pessoas conhecem. Teremos músicas famosas pela voz de Paralamas do Sucesso e Cássia Eller, por exemplo, que foram compostas por ele. Muita gente irá se surpreender, assim como eu me surpreendi, que músicas tão famosas são da pena, da escrita de Carlinhos”, conta Toffolo. “Estamos trabalhando com todo carinho e atenção ao Carlinhos, que transmite a todos da equipe a importância de sua musicalidade para o país”.

Segundo o maestro, a série Sinfônica Pop é uma oportunidade incrível tanto para a OSMG quanto para o artista. “É a minha primeira experiência no comando da OSMG, estou muito animado e muito feliz com o convite. Sou mineiro e terei a oportunidade de rever colegas e professores na Orquestra”, celebra Toffolo. “Me sinto lisonjeado de poder dividir o trabalho com uma Orquestra tão importante no coração de BH. O Palácio das Artes ainda é, e sempre será, o grande teatro dos mineiros”.

As expectativas do maestro não se atêm apenas ao grande encontro com a orquestra, mas também à grandiosidade do cantor que os acompanhará. “Quanto a Carlinhos, nunca havia trabalho com ele antes. O desafio é sempre a brasilidade, e no caso de Carlinhos, a baihanidade, os ritmos afro-brasileiros que ele trabalha. Acho um desafio mesclar essas duas áreas, e o aprendizado que terei será de suma importância. É um caldeirão multicultural e multimusical. Todos saem ganhando, o público terá um espetáculo de alto nível e belíssimo, a energia é a melhor possível”, conclui.

Você, a Orquestra e Eu – Segundo Carlinhos Brown, a emoção de cantar no Grande Teatro, ao lado de um grupo tão grandioso, é um prazer imenso. “Essa é a minha primeira oportunidade como compositor e intérprete ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, a qual teço os maiores elogios pela competência. A minha expectativa é a melhor possível, porque sou da Bahia, onde também nasceram orquestras sinfônicas para todo Brasil”, afirma. O cantor diz estar seguro para se apresentar ao lado da orquestra mineira pelo fato de Minas ser um dos maiores berços da cultura barroca ou do neobarroco musical. “Esse barroquismo traz um compromisso com a cultura mineira, e tudo que Minas expõe está baseado em uma qualidade harmônica e melódica inexplicável. Eu acredito muito na OSMG como acredito em Toninho Horta, Milton Nascimento, todo o Clube da Esquina, Samuel Rosa, Rogério Flausino e tantos outros grandes artistas que Minas abriga”, destaca.

Ao comentar a escolha do repertório, Brown destaca a importância da direção da orquestra, e diz estar ansioso para o encontro. “Com expectativa e curiosidade, eu aguardo os competentes arranjadores para esse resultado tão aguardado. As canções escolhidas traduzem-se ao fato de possuírem melodias fincadas no sinfonismo”. Criador da orquestra de percussão Timbalada, o cantor destaca a importância de trabalhar em coletivo e encontrar um ponto harmônico nas canções. “Para mim, clássico é tudo que perdura no inconsciente coletivo, e a orquestra sinfônica é tão tradicional quanto moderna. Para ouvidos atentos, esse show ganhará uma força enorme. O que é escrito para orquestra se eterniza, e por isso tenho a agradecer a OSMG pela oportunidade”.

Foto:Divulgação

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