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Museu Mineiro inaugura nova exposição na sala Atrium

“Obra Aberta: Nós Somos os Propositores” traz um pouco sobre o museu e a cidade sob o ponto de vista da equipe do educativo

“Nós somos os propositores: não lhe propomos nem o passado, nem o futuro, mas o agora”. Essas palavras, da artista mineira Lygia Clark, que invocam a participação do público na construção da obra de arte, guiaram a montagem da mais nova exposição do Museu Mineiro. A inauguração ocorreu no último sábado (26/10) e a mostra fica em cartaz até o dia 1° de dezembro. São cerca de 40 objetos, dentre reproduções de documentos, fotografias e maquetes, reunidos a partir de pesquisa do setor Educativo sobre o acervo fotográfico, documental e expositivo do Museu Mineiro e Arquivo Público Mineiro.

A partir da visão do setor Educativo do Museu, a exposição é também uma apresentação do próprio Museu Mineiro e de como a instituição dialoga com a cidade e seus visitantes. Tal como Umberto Eco apresenta em seu livro “Obra Aberta”, de 1962, em que o autor reflete que toda obra de arte é aberta, já que não comporta apenas uma interpretação, a mostra se propõe a ser um espaço de diálogo e troca.

A curadoria foi realizada pela própria equipe do Educativo do Museu e contou com a participação dos educadores Daniel Loureiro, Maria Cecília Nogueira, Álisson Valentim, Mateus Teixeira, Michelle Medeiros e do estagiário Lucas Passos. Dentre os trabalhos expostos, destacam-se o Decreto de Criação do Arquivo Público Mineiro, em 1987, e a posterior lei de 1910 que cria o Museu. Além disso, estão em exibição duas maquetes táteis, que possibilitam que deficientes visuais sintam e compreendam a arquitetura do museu.

De acordo com Rafael Perpetuo, coordenador do Museu Mineiro, a intenção da mostra foi contar a história do espaço sob a perspectiva de quem está vivendo o dia a dia museológico. “Minha intenção foi provocar os mediadores a serem também curadores, possibilitando que produzissem uma narrativa sobre o museu e a cidade, a partir de suas vivências no cotidiano e do contato com os visitantes. O resultado foi surpreendente, uma nova história do museu e da cidade”, ressalta.

Para Daniel Loureiro, um dos responsáveis pela montagem, é importante apresentar o trabalho museológico como algo menos vertical e propor um diálogo mais aberto com o público. “Pensamos a exposição como uma necessidade que percebemos pelas mediações. O que conversamos com os visitantes passa a ser mostrado visualmente e, como essa construção aconteceu a várias mãos, pudemos ter a perspectiva de cada um”, argumenta.

Foto:Divulgação

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