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Minas Gerais Inicia Mobilização Pela Paz

Nesta sexta-feira, dia 1º, aconteceu o lançamento da campanha Minas Pela Paz. O movimento, idealizado pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) de mesmo nome, foi criado com o objetivo de reforçar as ações já desenvolvidas em prol da minimização dos riscos sociais, engajando a sociedade nesta luta. Durante a cerimônia, comandada pelo diretor-coordenador do Minas Pela Paz, Marco Antônio Lage (diretor de Comunicação Corporativa da Fiat Chrysler), foram apresentados os resultados alcançados pelo Instituto nos últimos seis anos. Entre os projetos idealizados pelo Minas Pela Paz, estão o 181 Disque Denúncia do Estado, que se consolidou como uma referência nacional por sua efetividade, e o Programa Regresso, que já qualificou mais de 2500 apenados e permitiu a inserção profissional de 742 egressos do sistema prisional. A campanha, iniciada hoje, tem como mote principal o incentivo ao exercício da cidadania traduzido no slogan “Juntos a gente faz”. “Queremos que as pessoas se apropiem dessa causa e reconheçam que a transformação da sociedade começa dentro de cada um de nós”, afirma a gestora de Desenvolvimento Social do Minas Pela Paz, Liliane Lana. Com este novo conceito, além dos projetos já realizados, o Minas Pela Paz iniciará ações nas áreas de esporte e cultura. “O nosso objetivo é atuar de forma preventiva, formando cidadãos melhores, com o apoio da comunidade”, explica a gestora de Desenvolvimento Social, destacando que nos próximos meses o site do movimento receberá uma estrutura especial de articulação para o trabalho voluntário. Inspiração nos valores de Minas A marca do movimento foi apresentada ao público de maneira lúdica na entrada do evento. Internos do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional – Ceresp, de Betim, que participam de oficina de origami, faziam uma demonstração de seu trabalho, integrando-se ao público presente. A oficina fazia alusão à marca do Minas Pela Paz, inspirada no origami. Desenvolvida de maneira voluntária pela agência Leo Burnett Tailor Made, a logomarca do movimento tem como base o triângulo da bandeira de Minas Gerais que, em poucas dobraduras, se transforma em um origami no formato de pomba. “Não há nada mais simples e forte para simbolizar essa luta do que a bandeira de Minas. O povo mineiro sempre esteve envolvido em grandes movimentos que mudaram o país”, defende o Vice-Presidente de Criação da Leo Burnett Tailor Made, Marcelo Reis. O evento foi encerrado com uma breve apresentação do coral Madrigal Liberatus, formado por recuperandos da APAC de Nova Lima, e o lançamento da revista Minas Pela Paz, que traz um balanço das ações e projetos do Instituto. Sobre o Minas pela Paz Criado em 2007 a partir da iniciativa de empresas privadas ligadas à Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o Minas Pela Paz é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), que busca contribuir para a promoção da cultura da paz. Sua missão é estudar e propor ao poder público e outros atores sociais, com uma abordagem empresarial, ações preventivas contra a escalada da violência. Dentre seus projetos destacam-se o 181 Disque Denúncia, que unificou o trabalho das polícias, tornando-se um importante canal de investigação no Estado. O projeto teve início em 2005, quando o Conselho Estratégico da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) organizou um grupo de estudos sobre a violência urbana e as práticas mais eficazes para seu enfrentamento e controle. Surpreendidos com os resultados desse primeiro levantamento, os membros do Conselho decidiram desenvolver projetos na área de segurança pública, a começar pela implantação do 181 Disque Denúncia. No ano de 2007, um mês após a criação do Minas Pela Paz, foi assinado o Protocolo de Intenções entre o Governo de Minas Gerais e o Instituto para a implantação do Disque Denúncia Unificado no Estado, marcando o início de uma trajetória exitosa no combate à criminalidade. Durante esse período, o Disque Denúncia já recebeu cerca de 400 mil denúncias, que tiveram como principais resultados a prisão e apreensão de mais de 67.800 pessoas, a apreensão de cerca de 7.690 armas de fogo, e mais de 22 toneladas de drogas. Seu principal diferencial é o sigilo na informação, uma vez que o denunciante não pode ser identificado. Além do Disque Denúncia, o Minas Pela Paz foi responsável por projetos pioneiros na área de segurança pública, como o Programa Regresso, que propicia a qualificação e inserção profissional de apenados e egressos do sistema prisional. Nessa iniciativa, foi sugerida a Lei do “Projeto Regresso”, que subvenciona as empresas que contratarem essa mão de obra, o que fez de Minas Gerais um dos berços da ressocialização de egressos do sistema prisional no país. O programa já possibilitou a qualificação profissional de cerca de 2.500 pessoas e a contratação de 742 egressos em todo o Estado. Na mesma direção, foi criado o projeto Além dos Muros, que prevê o fortalecimento das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados - APAC de Minas Gerais como um modelo digno de execução penal, promovendo a qualificação dos gestores da instituição. O projeto foi premiado pelo Banco Mundial, em Washington USA. No âmbito da educação, o Minas pela Paz está executando o projeto Acervos Museológicos, que pós-graduou profissionais da educação da rede municipal de ensino de BH no curso de Gestão Cultural, especialmente desenvolvido pela PUC-Minas, e tem proporcionado o contato de pessoas carentes com a arte. O objetivo do projeto é desenvolver a sensibilidade e o conhecimento fundamentais para a formação de agentes, democratizando o acesso ao acervo da cidade. Mais de 200 diretores e professores da rede municipal de ensino já foram capacitados e terão a missão de multiplicar esse conhecimento para outros 2.300 educadores, alcançando cerca de 75 mil alunos. Neste ano, o Minas Pela Paz ingressou ainda em uma nova frente de atuação, e está dando os primeiros passos no trabalho com jovens e adolescentes através do projeto Trampolim. Movido pela crença de que a transformação não está ligada apenas à punição, mas a formação desses jovens, o programa busca promover ações para inclusão social e profissional de jovens e adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e egressos, através da inserção produtiva no mercado de trabalho. A meta é atingir 100 adolescentes no primeiro ano de atuação. Para 2014, um projeto ligado ao futebol de várzea, incentivado pela Lei Federal de Incentivo ao Esporte, já está delineado e entra em campo, nas próximas semanas, para a captação de recursos. Tendo em vista a abrangência do trabalho que realiza, as iniciativas do Minas Pela Paz são ancoradas em parcerias que envolvem os três setores da sociedade. Destaca-se a participação de 12 empresas fundadoras e outras 25 parceiras, todas elas envolvidas nas atividades.

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