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Cine Humberto Mauro apresenta mostra inédita dedicada ao diretor norte-americano WILLIAM WYLER

Diretor de grandes clássicos de Hollywood tem sua filmografia exibida em mostra inédita

Considerado um dos maiores diretores de Hollywood, William Wyler foi indicado ao Oscar de Melhor Diretor por doze vezes e ganhou em três ocasiões. Com o objetivo de retomar a obra do diretor, a Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro, apresenta a mostra inédita WILLIAM WYLLER. O público poderá conferir clássicos do cinema mundial como Ben Hur (1959), A princesa e o plebeu (1953) e OMorro dos Ventos Uivantes (1939), além de documentários realizados por Wyller durante a Segunda Guerra Mundial.

Para Vítor Miranda, da Gerência de Cinema das FCS, uma mostra sobre Wyler é muito especial. “É a primeira vez que a Fundação Clóvis Salgado promove uma mostra retrospectiva de William Wyler. É comum exibirmos filmes isolados, mas nunca um panorama dessa carreira. Estamos atendendo a um pedido do público que, todas as vezes que fizemos sessões dos filmes de Wyler, demonstraram interesse em ver um conjunto mais abrangente de seus filmes” pontua.

Embora o trabalho de diretor de Wyler seja pouco debatido, suas obras são aclamadas como marcos do cinema mundial. A filmografia é marcada pela diversidade de gêneros como comédias românticas, épicos, faroeste, musicais aventura e documentários.

William Wyler não é um diretor muito estudado como seus contemporâneos John Ford, Frank Capra e Howard Hawks. Seus filmes são mais populares do que sua própria figura. “Isso acontece porque ele era um diretor preocupado em contar grandes histórias, adaptadas de livros consagrados ou roteiros interessantes. A preocupação com marcas de autoria era algo secundário em sua filmografia que, no entanto, tem o seu valor estético reconhecido”, afirma Vítor Miranda.

Destaques – A mostra exibe grandes clássicos do cinema norte-americano, cobrindo um importante período na carreira de Wyler que vai de 1936 a 1968. O épico Ben Hur que, na época de seu lançamento, foi o filme mais caro feito até então, com um orçamento de mais de 15 milhões de dólares, é um dos destaques. Recordista no Oscar, venceu em onze categorias, incluindo melhor filme e diretor. A trama acompanha um contemporâneo de Jesus, o príncipe Judá Ben-Hur e suas desventuras em uma Jerusalém ocupada por romanos.

A princesa e o plebeu foi a comédia romântica responsável por lançar a carreira de Audrey Hepburn. O filme é uma história de amor entre uma princesa e um jornalista que, a princípio se aproxima da princesa por interesses profissionais, mas acaba se apaixonando por ela. Na mesma linha, Funny Girl, de 1968, marca também a primeira protagonista de Barbra Streisand.

Na linha mais dramática, é possível assistir Jezebel, de 1938, protagonizado por Bette Davis em uma história de encontros e desencontros amorosos, com influência da tragédia, assim como o aclamado O morro dos ventos uivantes, de 1939, adaptação do clássico de Emillie Bronte.

Além dos filmes ficcionais, a mostra traz também documentários realizados por Wyler durante a guerra, como é o caso de Memphis Belle - a fortaleza voadora, de 1946. Wyler, que era judeu, durante 2ª Guerra Mundial, junto com outros cineastas como Frank Kappa e John Ford, realizou diversos documentários propagandistas, incentivando os americanos a lutarem contra os nazistas.

História Permanente do Cinema – Em diálogo com a mostra, a sessão História Permanente do Cinema do dia 16 de novembro exibe Tarde Demais (1949), de Wyller, exibido anteriormente no Cine Humberto Mauro. O filme, indicado ao Oscar de Melhor Filme e Melhor Diretor, rendeu à atriz Olivia de Havilland o prêmio de melhor atriz. A trama acompanha a história de amor e vingança de Catherine Snooper, rejeitada pelo pai e abandonada pelo futuro esposo.

Foto: Divulgação

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