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ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS ESTÁ COM INSCRIÇÕES ABERTAS PARA A OFICINA “PRODUÇÃO DE LIVROS INDÍGENAS E O MÉTODO DA COBRA”- COM O PROFESSOR E PESQUISADOR MÁRIO GERALDO DA FONSECA

NSCRIÇÕES VÃO ATÉ 19/11

Nos dias 01 e 02 de dezembro, a Academia Mineira de Letras realiza a oficina “Produção de livros indígenas e o método da cobra”, com o professor e pesquisador Mário Geraldo da Fonseca. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 19 de novembro, mediante preenchimento da fichade inscrição, disponível no site da AML(academiamineiradeletras.org.br).

A oficina apresenta os chamados "livros da floresta", produção editorial indígena, com leituras e performances. O uso da folha de papel como suporte para inscrições que antes eram feitas no corpo, na paisagem, na memória. Pequenos exercícios para aprender a ler os livros indígenas e para transcriar alguns mitos da tradição indígena amazônica.

O público alvo são educadores da cultura indígena; pessoas que trabalham com arte-educação, artistas; de modo particular os interessados na interlocução com as artes indígenas; estudantes de artes visuais, design e pedagogia. A oficina tem carga horária de 10 horas, 40 vagas e emissão de certificado.

Nos dias que antecedem a oficina, 29 e 30 de novembro, Mário Geraldo também dará uma palestra sobre o tema. As iniciativas integram a programação do evento “Ofídias – Uma mirada selvagem na literatura brasileira” que fazem parte da agenda do programa Casa da Palavra – Plano Anual de Manutenção AML. Este programa é realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo fiscal de mais de 4,5 mil médicos cooperados e colaboradores e copatrocínio CBMM. A AML integra o Circuito Liberdade.

Sobre o evento “Ofídias – Uma mirada selvagem na literatura brasileira”:

O evento apresenta uma conversa sobre novos paradigmas de leitura do cânone indigenista brasileiro. Também propõe atividades para promover diálogo entre os livros que estão sendo produzidos pelos índios e aqueles que, escritos por autores canônicos, que fazem parte da história da literatura brasileira, tiveram como pressuposto a chamada “vida selvagem”.

Esta abordagem – resultado da pesquisa de doutorado de Mário Geraldo da Fonseca intitulada "A Cobra e os Poetas: Uma Mirada Selvagem na Literatura Brasileira" – procura mostrar o que o autor chama de "escrita ofídica", uma linhagem de escritores brasileiros que se apropriaram das mitologias indígenas para construir os seus livros. "Ofídica" porque é o mito da cobra o fio condutor de tal abordagem.

Divididas em duas partes, as palestras "Da literatura de viagem ao Romantismo" (29/11) e "Do modernismo à literatura contemporânea" (30/11), focam nos marcos que norteiam a história da literatura brasileira, tendo como ponto de partida o que ficou conhecido como "literatura de viagem", na qual os escritores românticos e modernistas foram buscar referências.

Sobre o palestrante e ministrante da oficina:

Mário Geraldo da Fonseca é professor da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), Pós-doutor em Literatura Comparada, Doutor em Literatura Comparada pela Faculdade de Letras da UFMG, Mestre em Teoria da Literatura, Fale - UFMG. Pesquisador da cultura indígena, de modo particular das artes indígenas, possui Doutorado sanduíche na UFAM (Universidade Federal do Amazonas). É coordenador do Projeto “Cria. Atividades e Saberes”, que desenvolve oficinas, cursos, aulas, rodas de conversa e saraus para potencializar a criatividade no âmbito da educação, da cultura, arte e meio ambiente. Coordena o “PROJETO OFÍDIAS: Artes e Culturas Indígenas, Artes e Culturas Contemporâneas”. É membro do “Coletivo Partilha” de artistas que promovem o “Sarau da Partilha”, e outros eventos que expressam a relação entre estética e política, além de autor do livro “Mar.Rio” (2015): poesia, imagens e teoria da criatividade na cultura, na arte e na educação.

Foto: Divulgação

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