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Única mulher entre os selecionados pelo 19º Prêmio BDMG Instrumental, Marcela Nunes é reconhecida em Belo Horizonte por sua atuação na música instrumental, principalmente, no choro. Mas, nesta edição da premiação, ela foi além e mostrou a riqueza do seu repertório e composições.

Integrante dos grupos Choro Nosso e Choro Por Elas, este último formado apenas por mulheres, a flautista encerra a série de shows dos vencedores do Prêmio BDMG Instrumental, dia 13 de novembro, às 20h, no Centro Cultural Banco do Brasil em Belo Horizonte, ao lado do convidado especial Teco Cardoso. “Costumo dizer que só toco com amigos, velhos amigos, novos amigos, mas o que mais gosto, sem dúvida, são dos futuros amigos. E nos poucos segundos em que nossas flautas tocaram juntas, já percebi que essa é uma amizade que vai longe”, contou o consagrado flautista e saxofonista.

Marcela Nunes se apresentará acompanhada pela banda formada por Paulo Fróis (bateria), Camila Rocha (baixo acústico) e Luísa Mitre (piano). As musicistas Camila e Luísa já foram premiadas pelo BDMG Instrumental. A baixista foi destaque como melhor instrumentista da edição do ano passado, enquanto Luísa consagrou-se como vencedora da 18ª edição do prêmio.

Bacharel em flauta transversal e mestre em performance musical pela UFMG, o choro sempre teve um lugar especial na trajetória de Marcela, que começou tocando em algumas rodas de choro em Belo Horizonte. Seu mestrado também reflete esse carinho especial pelo gênero, com sua pesquisa sobre a obra do compositor e instrumentista mineiro Belini Andrade.

No show, que inclui as composições autorais premiadas “Noite Adentro” e “Olha, João”, além do arranjo para “Canto de Xangô”, de Baden Powell e Vinícius de Moraes, a flautista receberá o saxofonista e flautista Teco Cardoso, um dos principais nomes da música instrumental no país. Com uma linguagem própria para os instrumentos, Teco integra o grupo Pau Brasil e coleciona diversas premiações em sua trajetória. “Para mim, este é um projeto sempre de muitas alegrias. A alegria do encontro com uma nova geração que vai carregar esta nossa história sempre para frente, a alegria de se sentir de alguma forma fazendo parte desta linha histórica, a alegria de ver como um projeto de longa duração em cultura faz a diferença, e a alegria de ver estes jovens artistas ingressando em um mercado já de certa forma produtores de sua própria carreira”, afirma Teco.

Aos 33 anos, Marcela contribui para a renovação do choro na capital mineira. Às quintas, ela promove e participa de uma roda de choro tradicional nas noites belo-horizontinas, no Bar Muringueiro. As apresentações contam com convidados especiais e atraem público de diferentes gerações.

Conheça mais sobre Marcela Nunes

Marcela Nunes atuou como instrumentista, compositora, arranjadora e diretora musical do CD Em Casa, parceria com Renato Muringa. Natural de Belo Horizonte, participou do Jovem Músico e Jovem Instrumentista BDMG; foi premiada em 2013 com o Prêmio Funarte de Concertos Didáticos, e foi finalista do 8º Prêmio Nabor Pires Camargo.

Foto:Divulgação