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Café Controverso debate “Políticas culturais: Quem faz, quem participa?“

As políticas culturais podem ser entendidas como o conjunto de iniciativas que visam fomentar a produção, o incentivo e a preservação de bens e manifestações culturais. Apesar dos mecanismos de fomento do Estado e patrocínios das empresas, via incentivo fiscal, a maior parte das produções e manifestações culturais enfrenta problemas relativos à formação de público, à continuidade de ações e sustentabilidade.

 

Para debater as questões, são convidadas para o Café do dia 16 de novembro a arquiteta Natacha Silva Araújo Rena e a gestora cultural Maria Helena Cunha. Natacha Rena é também doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, professora da Escola de Arquitetura da UFMG e líder do Grupo de Pesquisa INDISCIPLINAR. Maria Helena Cunha é pesquisadora, consultora, mestre em Educação, especialista em Planejamento e Gestão Cultural, Diretora da Inspire Gestão Cultural e da DUO Editorial, publicou o livro Gestão Cultural: profissão em formação.

 

Para Maria Helena Cunha, a carreira de gestão cultural no Brasil já avançou muito em termos de formação de profissionais e de reconhecimento, entretanto, ainda há muito no que se avançar.“Precisamos de políticas publicas mais amplas, estruturadas em uma base mais democrática, pensar na capacidade de sustentabilidade do setor até na variedade de recursos. Além disso, a formação dos profissionais da cultura continua sendo um grande desafio” aponta. Maria Helena sublinha, que, apesar do cenário ter se modificado positivamente nos últimos anos, os avanços na área da formação de público ainda estão muito aquém dos progressos da área de produção e gestão cultural. “Para discutir políticas públicas é fundamental pensarmos a formação de público, e, isso só se faz trabalhando aliado à educação. É importante lembrar que formação de público não é só produzir eventos gratuitos. Isso também faz parte, mas o processo vai muito além de dar a oportunidade de assistir a um espetáculo... Tem a ver com a formação de hábitos: de ler, ver um filme, ouvir uma música. É aí que a cultura transforma, modifica”, afirma, ressaltando a importância de debater como os produtos culturais chegam ao público, e como esse trabalho pode ser recebido.

 

Os Cafés do Espaço

Com o intuito de gerar um ambiente de encontro e intercâmbio de informações, o Espaço do Conhecimento UFMG promove atividades aos sábados em seu café, sempre no final da manhã, às 11 horas. O Café Controverso tem a participação de dois convidados com pontos de vista distintos sobre a temática discutida. Já o Café com Conhecimento é a oportunidade de conhecer e conversar mais sobre um determinado assunto, a partir da contribuição de uma pessoa especializada na questão. Em ambos, o público tem um papel fundamental para a dinâmica das discussões, uma vez que não atua somente como ouvinte, mas como participante ativo.

 

O Espaço do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes através da utilização de recursos tecnológicos e lúdicos. Sua programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas e debates. Integrante do Circuito Cultural Praça da Liberdade, o Espaço do Conhecimento é fruto da parceria entre a operadora TIM, a UFMG e o Governo de Minas. O Espaço conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG e com o patrocínio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais – CODEMIG.

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