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A Máquina

Um espetáculo do Teatro de Retalhos

Notas sobre o Teatro de Retalhos

 

O Teatro de Retalhos é um grupo da cidade de Arcoverde, Pernambuco, que se dedica à pesquisa, montagem e circulação de espetáculos de forma independente desde 2008. O grupo integra a Associação Estação da Cultura, organização não governamental voltada às atividades de produção cultural e desenvolvimento artístico e social, que desde 2001 é ocupante da antiga estação ferroviária de Arcoverde. O grupo tem atualmente quatro espetáculos em circulação: Revolta no País dos Retalhos, inspirado na poética do oprimido de Augusto Boal, Aquelas Coisas e Espavento, espetáculos resultantes da investigação da linguagem do palhaço e A Máquina, texto de João Falcão e Adriana Falcão, que surge da pesquisa do grupo sobre territorialidade e narrativas para a cena.

 

Notas sobre o processo de criação d’A Máquina

 

O espetáculo A Máquina é uma fábula contemporânea, uma narrativa épica que se passa numa cidadezinha distante demais de qualquer lugar, geográfica e culturalmente isolada. A cidade, que não por acaso tem o nome de Nordestina, é marcada pelo êxodo de seus habitantes que cada vez em maior número vão em busca de uma vida melhor. Nesse contexto há Karina, jovem que sonha em abandonar a cidade e ganhar o mundo como artista, e Antônio, que é apaixonado pela moça, mas não tem pretensão alguma de deixar a cidade. A história é narrada nos moldes dos contadores de história, numa linguagem característica da nossa região, bastante atual e sem excessos que conduzam a um regionalismo folclórico. Dentro das diversas possibilidades de interpretação da obra, o grupo escolhe o viés da territorialidade pelas semelhanças entre a cidade de Nordestina e a cidade sede do grupo, Arcoverde. Nordestina perde seus habitantes por não oferecer oportunidades, estes preferem abandoná-la a esperar ou fazer o necessário para que a cidade se desenvolva. Em busca de valorização profissional, diversos artistas também têm feito um caminho em direção "ao mundo", almejado pela personagem Karina. Embora a produção cultural na região seja expressiva, os artistas no interior do estado se veem obrigados a migrar para os grandes centros, em busca de subsídios, de formação acadêmica, de reconhecimento. Compreendemos tal abandono territorial como uma forma contemporânea de êxodo, a qual se pode chamar de êxodo criativo. A fim de discutir essa questão, o grupo realizou encontros com artistas locais durante os quais foram abordados temas como políticas culturais, caminhos de existência e produção dentro da nossa região, partindo do questionamento de que tipo de “máquina” é capaz de atrair atenção e fomento para o interior do estado de Pernambuco. Em seguida o grupo realiza pesquisa orientada por Luiz Felipe Botelho, para investigar e redescobrir os territórios subjetivos de cada um. Em busca de conhecer as Nordestinas que compõe nosso território e nosso imaginário, o Teatro de Retalhos iniciou no mês de janeiro de 2016 o projeto Bem Vindo a Nordestina. A proposta é realizar ensaios abertos em pequenas cidades e distritos próximos a Arcoverde, numa troca de saberes com esses lugares que abrigam nossa história e nossas raízes culturais.

 

SINOPSE

Essa é a história do amor de Antônio e Nordestina. Melhor dizendo, de Antônio e Karina. Ou do amor de Nordestina por Karina. É a história de Karina aprendendo a amar Antônio. É a história do desamor de Karina por Nordestina. É a história da vontade de Karina de amar o mundo. É a história do amor de Antônio por Nordestina e por Karina que é maior que o mundo. É a história do mundo aprendendo a amar Nordestina. É a história do amor de Antônio, de Karina, de Nordestina, do Mundo, tudo numa trama só, costurada pelo tempo. 

 

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE 

 

O espetáculo A Máquina é uma fábula contemporânea que se passa numa cidadezinha distante demais de qualquer lugar, geográfica e culturalmente isolada. A cidade, que não por acaso tem o nome de Nordestina, é marcada pelo êxodo de seus habitantes que cada vez em maior número vão em busca de uma vida melhor. Nesse contexto há Karina, jovem que sonha em abandonar a cidade e ganhar o mundo como artista, e Antônio, que é apaixonado pela moça, mas não tem pretensão alguma de deixar a cidade. A história desemborca em uma narrativa épica na qual Antônio promete viajar no tempo ou ser dilacerado por uma “máquina da morte”, construída por ele mesmo, para atrair os olhos do mundo para Nordestina.

 

FICHA TÉCNICA TEXTO: João Falcão, adaptado do romance de Adriana Falcão DIREÇÃO: Djaelton Quirino ELENCO: Alex Pessoa Carol Viana Éder Lopes Ênio Felipe Thyago Ribeiro Tocha CENOGRAFIA: Adriano Galvão | Alex Pessoa | Djaelton Quirino FIGURINO: Auricélia Siqueira | Carol Viana CONSULTORIA PARA A CRIAÇÃO DO FIGURINO: Ney Mendes MAQUIAGEM: Carol Viana | Djaelton Quirino DIREÇÃO MUSICAL: Thyago Ribeiro TRILHA SONORA: Jadson André|Leandro Vaz |Macvanny Oliveira COMPOSIÇÕES: Leandro Vaz| Marcelo Marinho | Thyago Ribeiro MIXAGEM: Lula Moreira | Estúdio Orquestra Sertão TÉCNICO DE SOM E LUZ: Adriano Galvão PREPARAÇÃO CORPORAL: Adriano Paiva ILUMINAÇÃO: Isabelly Torres | Tiago Henrique PROGRAMAÇÃO VISUAL: Robson Lima ORIENTAÇÃO DA PESQUISA: Luiz Felipe Botelho IMAGENS: Tiago Henrique

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