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Entre os dias 25 e 26 de novembro acontece mais uma edição do “Festival Arte à Borda”, ação idealizada e realizada pela banda de rap Projeto Manobra e que tem como centro a diversidade do rap produzido em BH e Região Metropolitana. O festival, além de trazer a música, também promove debates sobre a cultura, como o bate papo intitulado “Do Bronx ao Barreiro” que acontecerá no dia 25, de 14 às 18h, na Casa de Cultura Coletivoz (Rua Azevinho, número 283, bairro Olaria, região do Barreiro) com mediação da jornalista Luana Costa e participação dos artistas eu participam do evento.

No dia 26, das 14h às 22h, embaixo do Viaduto do Santa Margarida (altura do numero 700, da Av. Álvaro da Silveira,também localizado na região do Barreiro) acontecerão shows com Projeto Manobra, Tamara Franklin, João Paiva, Ohana, Mano Bill, Shabê e DJ Sense. Maíra Mota será a Mestre de Cerimônia.

Toda a programação é gratuita.

Festival Arte à Borda

O festival Arte à borda teve a sua primeira edição realizada em setembro de 2014, embaixo do viaduto do bairro Santa Margarida e aberto ao público. O evento desde a sua origem é capitaneado pelo Projeto Manobra, banda de rap originária do Barreiro. A primeira edição contou também com as participações de Dokktor Bhu e Shabê, Monge Mc, DJ Edd (VsD) e IP4:20 . O Arte à borda aposta na diversidade musical dentro do próprio rap belohorizontino. Os artistas que compõem a programação do evento apresentam formações e propostas estéticas diversificadas. Estes apresentam trabalhos profícuos e identificados com os seus respectivos públicos. Entende-se que o intercâmbio de artistas e plateias, propiciados pela a realização de um festival desta natureza, favorece o fortalecimento e expansão do rap na localidade e na cidade.

A história do Projeto Manobra e do festival Arte à borda estão intimamente ligados à região do Barreiro, especialmente aos bairros Santa Margarida, Santa Helena, Vale do Jatobá . A maioria dos integrantes da banda e metade dos grupos que compõem o festival moram ou são oriundos da referida localidade. Estes apresentam em sua trajetória artística um histórico de atuação efetiva no Barreiro. A Batalha da Pista e os saraus Coletivoz e Cabeçativa, além dos vários shows em centros culturais locais e espaçõs públicos, são algumas das várias ações encabeçadas e realizadas por estes grupos e agentes culturais.

Sobre os artistas

Projeto Manobra

“Rap orgânico”, como eles mesmos definem seu som, o Projeto Manobra é formado por: Anna Lages (pandeiro e voz) Eduardo DW (voz) Gleison Junio (cajón, surdo, zabumba, caixa e efeitos) Heberte Almeida (guitarra, violão e voz) Raíssa Uchôa (baixo e voz) Marcos Chagas (cavaquinho e voz) e Manu Ranilla (caixa de folia, conga, pandeiro, efeitos e voz). Formada em 2014, a banda apresenta seu álbum de estreia “Ruas e Rios”, que conta com direção musical de Sérgio Pererê.

Tamara Franklin,

Uma das principais vozes femininas do rap atual, Tamara Franklin apresenta um discurso forte, calcado na sua experiência como mulher negra e periférica, aliado a uma musicalidade diversa, recheada de brasilidade e africanidade, características presentes no álbum de estréia “Anônima”, cuja produção é do veterano Eazy CDA.

Ohana

Rimas fortes aliadas à suavidade na abordagem, mas sem perder a contundência, equilíbrio encontrado na sonoridade desta jovem MC, representante desta geração de mulheres do Hip Hop que se colocam á frente e protagonizam um interessante momento desta cultura.

Shabê

Shabê Furtado, ou MC Shabê, apresenta um pocket show solo, onde passeia por musicas inéditas e outras oriundas do seu trabalho de 11 anos com Dokttor Bhu, sobre o cotidiano, mitologias, meio ambiente e outras praias. Influenciado pelo Rap brazuca, literatura e cinema autoral, e oriundo da dança de rua, foi integrante do grupo Caçadores de Estilo, um dos grupos de dança mais relevantes na década de 90 e com alguma experiência também no teatro,

DJ Sense

Referência dos toca-discos, DJ Sense é bi campeão da seletiva BH do Hip Hop DJ, uma das principais competições de DJs do Brasil. A arte do turntable, da qual ele é um autêntico representante (conjunto de técnicas que transforma pick-ups em verdadeiros instrumentos musicais) é uma característica essencial à cultura Hip Hop, sua base.

João Paiva

Habilidoso MC da chamada nova geração, também atuante nos saraus e nos slams, modalidade poética de poucas palavras e grande impacto no significado.

Mano Bill

Começou sua trajetória como Mc dentro da cultura Hip Hop em março de 1997 especificamente do morro do Olaria, em Belo Horizonte. Desde então realizado trabalhos em frentes diversas, tanto na música como quanto na realização de palestras e outras ações coletivas.

Foto: Pablo Bernardo