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Vizinho é aquele que está ao lado e não hesita em bater à porta quando precisa de ajuda. A começar pelo nome, o Seu Vizinho já demonstra a que veio: tornou-se a principal referência para as mães do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, que veem no projeto social um suporte para a educação dos filhos. Com várias ações culturais, o Seu Vizinho agora espera contar com o apoio de outras pessoas para manter esse trabalho em rede. No dia 10/12, o bloco vai descer o morro em direção ao asfalto, no espaço DO / AR, para o Festival “Junto e Aglomerado”. O evento vai reunir diversas bandas e DJs solidários com a causa defendida pelo coletivo e que toparam doar os seus cachês para iniciativas de transformação social.

Apostando em inclusão, o Seu Vizinho tem envolvido a garotada, desde muito cedo, em atividades que estimulam o empoderamento. Quem frequenta as oficinas de percussão se impressiona com a habilidade que a garotada tem com os instrumentos. Dentre as ações sociais, as aulas de música são as mais disputadas e ajudam a explicar a origem do projeto. O Seu Vizinho nasceu da vontade da comunidade de pular carnaval sem precisar sair do morro. A brincadeira, que começou com um bloco em 2015, ganhou mais apoiadores e hoje, com a ajuda de voluntários, tornou-se uma referência para famílias em situação de vulnerabilidade social. O trabalho desenvolvido é uma espécie de coaching solidário com o poder de afastar a juventude de ameaças como as drogas e a criminalidade.

Para ampliar a rede de apoio às famílias do Aglomerado da Serra, o projeto desenvolve várias iniciativas, dentre elas o festival de música, que terá um ponto de arrecadação de roupas e brinquedos. Pelo site do evento no Sympla, também é possível fazer doações em dinheiro para o projeto. Toda renda obtida, principalmente com a venda de ingressos, será investida na construção de uma sede para o Seu Vizinho. Atualmente, as oficinas de percussão são realizadas no Centro Cultural Vila Marçola, que se tornou pequeno para atender toda comunidade, mas é a prova de que um batuque transformador, que chega ao asfalto, faz barulho no morro.