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Último Arrastão do Trovão! projeto encerra edição com a presença do mestre Walter França

Em sua quarta edição, projeto Não Deixe o Tambor Se Calar encerra mais um ano de atividades e comemora capacitação de mais de 200 alunos

Desde 2000 o grupo Trovão das Minas oferece em Minas Gerais, oficinas que buscam difundir e valorizar o Maracatu Nação, uma importante manifestação da Cultura Popular pernambucana. Há quatro anos vem desenvolvendo, junto aos mecanismos de incentivo fiscal, projetos que contagiam toda a cidade com os seus Arrastões e a força dos seus tambores. Não Deixe o Tambor Se Calar encerra mais uma edição, no dia 27 de novembro, tendo a ilustre presença do Mestre Walter França do Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife, a maior referência do grupo, como participação especial. Será também a oportunidade para conferir a mostra final dos alunos que integraram o projeto em 2016.

Além do público cativo que acompanha os eventos pela cidade, mais de 200 alunos já foram formados pelas edições dos projetos de incentivo, e reconhecem a importância do conhecimento adquirido, não só em relação à música, mas especialmente pela valorização das culturas de matriz africana. “É importante conservar e fortalecer uma cultura que, apesar de não ser mineira, é legitimamente brasileira. Na oficina do Trovão das Minas, além de aprender a música do Maracatu, aprendemos também como foi seu surgimento. Isso não pode ser esquecido nunca”, afirma Atila Milanio, integrante da oficina realizada no ano passado e atual integrante do grupo.  Pedro Pacheco, que está participando do projeto pelo segundo ano e que também ingressou no batuque do Trovão das Minas, concorda: “precisamos conhecer, respeitar e valorizar essa cultura que sobreviveu há séculos de preconceito e discriminação”. 

Viabilizado com recursos do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura, a segunda edição do projeto Não Deixe o Tambor Se Calar foi um desdobramento do projeto O Som do Trovão, que também tem o objetivo de difundir a cultura do Maracatu por meio de exercícios técnicos, práticas coletivas e de apresentações abertas.

Um jeito mineiro de fazer maracatu

Criado em 2000, o grupo de percussão Trovão das Minas pesquisa há 16 anos o Maracatu de Baque Virado, símbolo da cultura popular pernambucana, influenciando uma geração de instrumentistas mineiros que se aproximaram dessa expressão cultural. O grupo busca resgatar e valorizar a centenária cultura do Maracatu Nação a partir das ações formativas, musicais e de pesquisa. As atividades promovidas pelo Trovão das Minas já formaram diversos grupos do gênero no Brasil e em outros países.

Em toda sua trajetória, a linguagem musical do grupo vem sendo aprimorada, mas desde sua primeira formação, o Trovão funde elementos da música tradicional do Maracatu com um trabalho de composições próprias e com referências da cultura popular mineira.

Alfaia, caixa, agbê, ganzá e gonguê é a instrumentação tradicional utilizada no Maracatu que, junto com as toadas (canto) e o apito da regente e também coordenadora do grupo, contagiam o público. O Trovão das Minas já contou com a participação especial de importantes músicos mineiros, tais como Titane, Marina Machado, Maurício Tizumba, Sérgio Pererê, Lucas Viotti, Rafael Martini, tendo também dividido palco com as bandas Zé da Guiomar, Black Sonora, Mundo Livre SA, Cataventoré, Copo Lagoinha, Mestre Ambrósio, Simone Soul e Seu Jorge.

Foto: Divulgação

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