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‘perfura_ateliê de performance’ convida ao encontro e ao diálogo

Exposição ocupa a Galeria de Arte GTO do Sesc Palladium entre 06 de dezembro de 2016 e 05 de fevereiro de 2017. O ateliê será ativado por mais de 70 presenças, entre pesquisadores, ensaístas, artistas convidados e equipes de produção, ativação corporal, estação ensaio-gráfico-editorial e comunicação.

 

O que pode ser um ateliê de performance? Como a presença compartilhada pode catalisar experimentos, ações, trocas e reflexões? Nos próximos meses, o público é convidado a se aproximar dessas indagações e se deixar ser atravessado por essas (e mais) provocações que acionam a ocupação da Galeria de Arte GTO do Sesc Palladium e seu entorno. Entre 6 de dezembro de 2016 e 05 de fevereiro de 2017 (exceto de 19/12/16 a 02/01/2017), o espaço recebe a exposição perfura_ateliê de performance, proposta que busca compartilhar espaços e processos de pesquisa e criação na arte da ação, experimentando procedimentos para a realização de performances. Durante sete semanas, o ateliê será ativado por uma rede com mais de 70 presenças, entre pesquisadores, ensaístas, artistas convidados e equipes de produção, ativação corporal, estação ensaio-gráfico-editorial e comunicação. A entrada é gratuita.

Com idealização e curadoria da artista visual da performance, escritora e pesquisadora Ana Luisa Santos, o projeto do perfura_ateliê de performance foi construído em parceria com Carolina Amares – que também assina a produção executiva – e a artista gráfica, visual e editora Clarice G. Lacerda – coordenadora da estação ensaio-gráfico-editorial que integra o ateliê. perfura_ateliê de performance é um convite ao encontro e ao diálogo entre público, trabalhos e colaboradores – um exercício de permeabilidade entre corporeidades e suas manifestações no espaço. Apropriando-se do espaço expositivo como espaço de ateliê, a galeria é aberta ao acontecimento, ao efêmero e à transitoriedade, um tensionamento artístico motivado por perguntas e questionamentos, que convoca à presença e à partilha.

Entre os meses de dezembro e fevereiro, o espaço receberá programação de terça-feira à domingo (ver programação abaixo), uma estratégia de acesso e convivência que busca tensionar a visão hermética construída acerca do espaço de ateliê. O público é convocado à presença, à reflexão política e à partilha durante todo o período de exposição, podendo também compartilhar das diversas atividades que ocuparão o local, incluindo mostras, seminários e intervenções urbanas, além de um blog com registros da exposição na galeria e em seu entorno.

Com caráter formativo, a proposta busca criar um espaço de investigação, pesquisa, troca, disseminação, experimento e contaminação sobre a arte da performance e o estudo da arte da ação como um procedimento para a pesquisa em diversas áreas. “A proposta do ateliê é aproximar as pessoas em geral da linguagem artística da performance, tendo em vista que essa ainda é uma manifestação artística pouco conhecida, ou que ainda gera muitas dúvidas devido às suas características híbridas e mutantes. Dessa forma, o ateliê também tem o objetivo de abrir o processo, revelar procedimentos, ampliar o acesso. Como é a preparação de um performer? Como ELX cria suas ações? Qual é relação da performance com a vida? As dúvidas são ótimas e no ateliê o objetivo é conversar sobre elas”, afirma Ana Luisa Santos.

 

ABERTURA

No dia 6 de dezembro, a partir das 19 horas, o público é convidado para a abertura do ateliê – um momento de encontro e apresentação da proposta de ocupação do espaço. A conversa será seguida por uma ação de ativação corporal conduzida por Amanda Prates, com procedimentos de treinamento, sensibilização, experimentos e mapeamento de invenção do corpo no espaço. 

 

EM CONSTRUÇÃO

A proposta busca experimentar também uma outra relação com os artistas. Sem necessidade de apresentar um projeto prévio a ser desenvolvido, foram convidadas a participar do espaço do ateliê aberto pessoas que estão ativando a performance em Belo Horizonte. “A ideia é reunir o máximo de visões e percepções como parte da ação, abrir espaço para diferentes linguagens e propor a contaminação desses diversos olhares”, explica Ana Luisa. 

Os e as artistas se dividem em seis propostas (ver a pasta ‘perfura_biografias artistas’):

 

ARTISTAS RESIDENTES

Artistas convocados a ativar o ateliê durante todo o período de duração da exposição através de ações de escuta, experimentos, trocas, receptivos e atividades de compartilhamento, além da realização de performances e ações de formação.

Artistas ativadores: Ana Luisa Santos, Fernanda Branco Polse, Guilherme Morais, Jonata Vieira, Renato Negrão e Zaika dos Santos

 

ARTISTAS VISITANTES DA MOSTRA

Artistas convidados a ativar o ateliê através do compartilhamento de um trabalho, performance ou experimento a ser desenvolvido durante as mostras realizadas nos sábados.

Artistas ativadores: Morgana Mafra, Coletivo Vespa (Karo Botura + Gilmara Oliveira + Paula Campos), Coletivo Indigestão (Noemi Assunção + Clarice Steinmiller + Rafael Perpétuo), Olivia Viana, Coletivo Beijo no seu preconceito (Igor Leal + Will Soares), Priscila Rezende, Ludmilla Ramalho, Matthias Koole, Marcelo Kuna, Efe Godoy, Felipe Soares, Arthur Camargos e Davi Nascimento, Lira Ribas, Ramanery, Janaína Tábula, Slam Clube da Luta, Vanessa Michelis, Sara não tem nome, Cristal Lopez, Marc Davi, Inácio Mariani

 

ARTISTAS PROVOCADORES

Artistas convidados a realizar um procedimento performático junto aos residentes e interessados, de modo a gerar desdobramentos, como experimentos, ações, trocas e reflexões tendo em vista suas propostas de ativação do espaço.

Artistas ativadores: Marta Neves, Marco Paulo Rolla, Dudude, Ed Marte, Benjamin Abras, Coletivo Xepa, Paola Rettore

 

ARTISTAS DISSEMINÁRIOS

Artistas e pesquisadores são convidados para realização de uma palestra sobre performance, com tema e articulação livres para a disseminação de reflexão, pesquisa e atos de fala no espaço do ateliê junto aos residentes e interessados.

Artistas ativadores: Marcos Hill, Mariana Lage, Wilson de Avelar, Nina Caetano, Thereza Portes, Ricardo Aleixo, Regina Amaral

 

ENSAÍSTAS CONVIDADOS

Artistas, pesquisadores, jornalistas, poetas e escritores convidados para escrever sobre as ações, a partir ou através da experiência do ateliê, além de compartilhar uma conversa com os residentes, público presente e interessados sobre uma questão proposta pelo ou pela ensaísta – uma entrevista ou procedimento relacionado com a arte da performance na cidade de BH hoje. Os textos, desenhos, poemas e/ou registros desenvolvidos pelos ensaístas serão publicados, na semana seguinte à sua participação, no blog do perfura_ateliê de performance (perfuraateliedeperformance.blogspot.com.br), atualizado pela jornalista Mariana Lage, responsável pelo diário de bordo do ateliê.

Artistas ativadores: Marina Viana, Elisa Belém, Wagner Rossi, Daniel Toledo, Mariana Rocha, Luiz Carlos Garrocho, Júlia Panadés, Marina Câmara, Marcelo Kraiser, Flora Maurício, Ateliê de Dramaturgia (Assis Benevenuto), Graziela Andrade, Joyce Athiê

 

ATIVAÇÃO CORPORAL

Artistas convidados a propor uma ação ou práticas de ativação corporal para os artistas residentes e interessados, como procedimentos de treinamento, sensibilização, experimentos e mapeamento de criação invenção do corpo no espaço.

Artistas ativadores: Thembi Rosa, Chris Fornaciari, Dorothé Depeauw, Raquel Pires, Amanda Prates, Margô Assis, Cris Oliveira

 

ESTRATÉGIAS DE ACESSO

Além das ações ativadas pelos artistas participantes do perfura_ateliê de performance, nas sextas-feiras, das 14 às 19 horas, nos sábados, das 10 às 21 horas (com intervalos das 13h às 15h e das 18h às 19h), e aos domingos, das 15 às 19 horas, o público é convidado também a participar de três atividades que oferecem mais possibilidades de aberturas ao partilhamento, à presença política e ao encontro durante o período de exposição:

RUA | Nas sextas-feiras, o perfura_ateliê de performance convida artistas e público para ações performáticas realizadas nos arredores do SESC Palladium. Após a ação, participantes e público são convidados para a RESENHA, um encontro na Galeria de Arte GTO.

 

SARAU ABERTO DE PERFORMANCES | Realizado aos domingos, o Sarau Aberto de Performances articula uma abertura no cronograma de atividades previstas no ateliê para que artistas, pesquisadores e público se reúnam para compartilhar experimentos, presenças expandidas, estados performativos, atos de fala e ações coletivas, exercitando ações performáticas em diálogo com o espaço do ateliê. 

 

ESTAÇÃO ENSAIO-GRÁFICO-EDITORIAL | Aos domingos, o público é convidado a conhecer de perto a ‘estação ensaio-gráfico-editorial’, uma ação coordenada por Clarice G. Lacerda (Ateliê Gráfico Editorial). A estação é uma ação permanente no ateliê – trata-se de uma instalação itinerante de um espaço de trabalho compartilhado para escrita, impressão, desenho, produção de textos, cobertura jornalística, fotográfica e audiovisual das ações do ateliê. A estação é um convite ao público para, a partir da construção de cadernos de processos criativos pessoais, estimular reflexões e experimentos sobre as múltiplas possibilidades de registro e memória para um trabalho artístico como a performance.

 

MOSTRA | Realizada aos sábados, a ação MOSTRA convida artistas a ativar o espaço através do compartilhamento de um trabalho, uma performance, um experimento, com seus residentes, artistas visitantes e público em geral.

 

Foto: Mirela Persichini

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