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Encerrando a programação do Novembro Negro no Espaço do Conhecimento UFMG, que promove atividades para refletir sobre o racismo e celebrar a negritude, a Fachada Digital do museu recebe exposição que conta com as séries Quem anda com nego velho e Aos seres da metamorfose, do artista Patrick Arley, exibida ao longo da semana, das 18h30 às 22h30.

O autor, que também é antropólogo, tem mais de 15 anos de experiência como fotógrafo. Ao longo desses anos, tem contribuído com a difusão, visibilidade e promoção das manifestações de matriz africana na cidade de Belo Horizonte.

A série “Quem anda com nego velho” aborda o Reinado ou Congado Mineiro, uma tradição religiosa bantu-brasileira, que se desenvolve a partir de elementos do catolicismo centro-africano e do encontro, na diáspora, com outras tradições africanas, indígenas e europeias. Patrick explica que “um dos desafios do registro imagético do Reinado é, não apenas o de não reproduzir os vários estereótipos preconceituosos - textuais e imagéticos - acerca da manifestação; mas o de assumir uma perspectiva contrária a estes estereótipos”.

Composta por 20 imagens fotográficas produzidas entre 2017 e 2021 e que se inserem num trabalho de longo prazo, iniciado em 2012. As imagens foram produzidas em diferentes lugares e momentos, durante os festejos (e/ou preparação dos festejos) das seguintes irmandades: Irmandade de Congo e Moçambique Nossa Senhora do Rosário e Sagrado Coração de Jesus - Os Carolinos (BH); Guarda de Congo Nossa Senhora do Rosário do Urca (BH); Guarda de Moçambique São José (BH); Irmandade de Nossa Senhora do Rosário do Santo André (BH); Guarda de Moçambique Treze de Maio de Nossa senhora do Rosário (BH); Guarda São Jorge de Nossa Senhora do Rosário (BH), Guarda de Moçambique do Alto dos Pinheiros (BH); Irmandade de Congo e Moçambique Morro do Papagaio (BH); Festejo do Tambor Mineiro (BH) e Guarda De Marinheiro de São Jorge e Nossa Senhora Do Rosário (Vespasiano)

Patrick explica ainda que “não se pretende com esta exposição, a construção de uma narrativa linear acerca do percurso de um festejo de Reinado; mas evocar, através da diversidade de irmandades e circunstâncias, alguns aspectos que se fazem presentes nas práticas reinadeiras e que são, a meu ver, pouco abordadas na iconografia existente”.

Já as imagens da série “Aos seres da metamorfose”, foram realizadas na Casa de Quimbanda 7 Marias, na cidade de Abaeté (MG) em 2022, com a anuência dos médiuns e das entidades da casa. Até 31 de dezembro, quem passar pela Praça da Liberdade poderá conferir a exposição de Patrick Arley.

Serviço: Exposição das séries “Quem anda com nego velho” e “Aos seres da metamorfose”, do artista Patrick Arley
Quando: até 31 de dezembro de 2022. , das 18h30 às 22h30.
Onde: Fachada Digital do Espaço do Conhecimento UFMG. (Praça da Liberdade, 700 - Funcionários - BH/MG)

O Espaço do Conhecimento UFMG, por meio da Fundação de Apoio da UFMG (Fundep), estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes. No museu, a programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas, apresentações culturais, palestras e debates. Integrante do Circuito Liberdade, o Espaço é fruto da parceria entre a UFMG e o Governo do Estado de Minas Gerais. O Espaço integra a Pró-reitoria de Cultura da UFMG (Procult), é amparado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio do Instituto Unimed-BH, viabilizado por mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores e da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig.

Sobre o Instituto Unimed-BH

Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentar a economia criativa, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$155 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, fundos do Idoso e da Infância e Adolescência, com o apoio de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. No último ano, mais de 6,5 mil postos de trabalho foram gerados e 4,8 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Acesse www.institutounimedbh.com.br e saiba mais.

Sobre a Cemig

A Cemig é a maior incentivadora de Cultura em Minas Gerais e uma das maiores do país, investindo em projetos culturais, esportivos e sociais, por meio das leis de dedução fiscal estadual e federal; preservando o patrimônio, a memória e a identidade dos mineiros. Além de incentivar produtores e artistas, o apoio da Cemig traz benefícios diretos à população, que passa a ter acesso aos bens culturais de maneira mais segura e democrática. A experimentação também está aliada ao negócio da empresa que, além de trabalhar com fontes de energia limpas e de matrizes energéticas sustentáveis, busca continuamente a inovação, aliada à pesquisa e ao desenvolvimento.

Foto: Júlia Lobato