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Vinikov lança seu primeiro disco solo com show de lançamento no Obra

Boêmio, lírico e às vezes sombrio, o disco Babyloneliness aborda assuntos como a solidão na cidade grande, relacionamentos turbulentos e a vida noturna

Um personagem boêmio cambaleia perdido pela cidade grande e hostil. Os climas vão mudando durante o passeio. Às vezes Vinikov é frio, às vezes é apaixonado, pode ser rancoroso aqui, acolá afoga as lembranças no álcool, pode ser auto-crítico e tragicômico. Essas são algumas sensações que o disco Babylonenliness, primeiro álbum solo do músico e compositor mineiro Vinikov nos provoca com suas letras, melodias e sutilezas instrumentais. O disco será lançado virtualmente no dia 10 de novembro deste ano e o show de lançamento acontece no dia 17/11 em Belo Horizonte na Obra bar dançante.

O disco, gravado e produzido por Vinikov e Pedro Fontenelle, traz nove canções em inglês e português onde é possível perceber a influência de bandas e artistas como Velvet Undergound, Serge Gainsbourg, Arnaldo Baptista, Arthur H, Tom Waits, dentre outros. A gravação e produção musical do álbum aconteceram no Estúdio Minotauro, situado no bairro Santo Antônio em Belo Horizonte.

Vinkov explica que o disco pode soar sombrio e lírico em alguns momentos e até irônico e bem humorado em outros. “Cada fragmento, ou canção, é uma peça que funciona isoladamente, porém, por uma afinidade poética e temática das letras, compõem em conjunto numa espécie de mosaico não linear”, revela.

 

Novas trilhas

Vinikov é o nome artístico de Vinícius de Morais do Espírito Santo, atuante na cena independente mineira e brasileira há mais de 10 anos em bandas consagradas como a The Dead Lover's Twisted Heart onde é baixista e compositor. Mais recentemente, assumiu também o contrabaixo na banda de punk rock The Dead Pixels, ao lado dos músicos Claudão Pilha, Lucas Chavo e Rodrigo Facada. Vinikov explica que a ideia do seu disco solo surgiu por volta de 2010 durante as gravações do segundo LP dos Dead Lover's quando, paralelamente, começou a compor músicas que não tinham tanto a ver com o espírito da banda. “Eram canções mais confessionais e reflexivas e na época eu cheguei a montar uma banda pra tocá-las, o Vermouth Hangover. O “Babyloneliness” foi amadurecendo à medida em que eu ia compondo e trabalhando com outras bandas ao longo dos anos e também está ligado a uma profunda admiração que sinto pelos discos de carreira solo do Arnaldo Baptista, o “Loki”e o “Singing Alone”. Sobretudo, é uma forma de dar vazão a parte do material criativo e sonoro que venho produzindo em meu estúdio, o Minotauro”, ressalta.

Na canção intitulada “Objeto” Vinikov apresenta uma adaptação musical de um poema de Paulo Leminski. O compositor diz que buscou estreitar as relações entre poesia e música em alguns momentos: “Além de musicar o Leminski, eu também criei uma parte narrativa para a canção ‘Lunaparques’, que é uma adaptação de um poema que está em meu livro “Schizoscópio”, lançado em 2014.”aponta.

O livro foi lançado pela editora Aletria e saiu em coletânea com o título de “Coleção Vagabundos Iluminados’. Trata-se de 6 amigos que tem em comum o gosto pela escrita literária e que compartilharam diversas viagens reais e imaginárias durante a juventude, o fruto dessas experiências culminou em 2 publicações: O primeiro livro “Exemplar Disponível ao Roubo” escrito coletivamente e publicado em 2010 e a coletânea “Vagabundos Iluminados” em que os 6 autores lançam seus próprios trabalhos em uma coletânea de livros.

Foto: Claudão Pilha

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