Interação e ineditismo da proposta são as “armas” para conscientização, focada principalmente em adolescentes e jovens - população mais vulnerável
O Dia Mundial de Combate à AIDS (1º de dezembro) será marcado pelo lançamento, em Belo Horizonte (MG), do primeiro “antivírus” contra a doença. Não se trata de nenhuma descoberta científica, mas de um aplicativo para computador que busca conscientizar a população sobre os riscos da contaminação.
A ONG (Organização Não-Governamental) Grupo Vhiver, idealizadora do “antivírus”, vai disponibilizar duzentos CD’s para distribuição gratuita nas livrarias Leitura do BH Shopping e do Pátio Savassi, nesta quinta-feira, dia 01/12. O aplicativo também será disponibilizado para download gratuito pelo site da ONG (www.vhiver.org.br).
O programa inova ao apresentar uma proposta interativa à população com o objetivo de mensurar o conhecimento sobre a doença e as formas de contágio e verificar o nível de prevenção adotado pelas pessoas. O programa conta com uma série de questões esclarecedoras sobre as formas de contágio e prevenção, além de informações muitas vezes desconhecidas pela população. Quanto mais a pessoa responder corretamente às questões e obter informações, mais protegida ela estará.
“Com essa proposta, pretendemos atingir, principalmente, o público adolescente e jovem, que vem se mostrando mais vulnerável. As pesquisas indicam um aumento significativo no contágio na faixa etária de 15 a 29 anos”, comenta Valdecir Fernandes Buzon, presidente do Grupo Vhiver.
Segundo Buzon, o Brasil deixou de atuar na vanguarda com programas de prevenção e de tratamento e vem acumulando dados negativos sobre a doença. Recentemente, foi divulgado que o Brasil superou a marca de 34 milhões de pessoas portadoras do vírus HIV, sendo que muitas delas desconhecem que estão contaminadas. Além disso, um recente relatório do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/AIDS) mostra que o Brasil está fora da lista dos países com maior cobertura de tratamento para pessoas com HIV.
“Na última década, o Brasil registrou um grande retrocesso. Hoje o país adota remédios retrovirais que já estão em desuso na maioria dos países devido à alta toxicidade. As campanhas de conscientização também estão deficitárias, pois não conseguem mais atingir a população. Precisamos reverter com urgência esse quadro e o antivírus do Grupo Vhiver chega com essa proposta”, conclui Buzon.
Sobre a ONG Vhiver
O GRUPO VHIVER é a principal ONG de Minas Gerais que apoia os soropositivos. Fundada em 1992 com o intuito de criar um espaço de convivência e troca de experiências entre pessoas que vivem e convivem com o HIV/AIDS. Com o passar do tempo, a Instituição ampliou o leque de atuação e, hoje, oferece amparo a seus usuários no combate aos malefícios do vírus nos aspectos físicos, psicológicos e sociais.
Por meio dos projetos e ações que desenvolve, o Grupo VHIVER visa proporcionar qualidade de vida aos soropositivos e dar a eles novas possibilidades de inserção social.
Considerada umas das mais importantes ONGs AIDS do Brasil e reconhecida internacionalmente por organizações como UNICEF e a Unaids (ONU para AIDS), o GRUPO VHIVER promove diversas atividades alcançando o número de 11.623 atendimentos por mês, de pessoas que vivem com HIV/AIDS, além de seus familiares e amigos, garantido qualidade de vida e igualdade de direitos.
Desde 2003, o VHIVER é citado no catálogo HIV & Aids Services Worldwide, na lista de entidades chave para o combate à epidemia de Aids no Brasil.
Dentre as principais atividades desenvolvidas pelo Centro de Convivência do GRUPO VHIVER estão Academia Corpo Posithivo, Aulas de Yoga, Comida no Prato, Dia da Beleza, Acompanhamento psicológico, Grupos de convivência, Oficinas de artesanato, Sessão de cinema comentada. Todas as atividades são oferecidas gratuitamente.
