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MM Gerdau anuncia programação para dezembro

Entre os destaques da programação de dezembro estão: abertura da exposição "CoMciência" com obras inéditas em BH, selecionadas por meio de um edital que atraiu inscrições de 26 países

O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal contará com uma programação intensa e diversificada ao longo de todo o mês de dezembro, reservando boas novidades para o público. A proposta da curadoria é promover ações que estabeleçam uma sinergia contínua entre os campos das artes, ciência e tecnologia, por meio de atividades que reflitam temas atuais e reverberem iniciativas que evidenciem a valorização da diversidade de expressões culturais e educativas.

Entre os dias 11 de dezembro e 06 de janeiro, o MM Gerdau, irá operar com horário estendido de funcionamento. Dessa forma, entre terça e sábado, ele ficará aberto entre 12h e 21h e aos domingos, das 12h às 20h. Sendo que a entrada é permitida até 40 minutos antes do horário de fechamento.  

A programação de dezembro tem início com a realização de diversas atividades educativas que serão realizadas ao longo de todo o mês como a oficina Microcosmos e o Ateliê Aberto. Para os dias 01 e 15/12, às 15h e às 17h, respectivamente, a equipe do Educativo preparou um roteiro especial de visita mediada com foco na arquitetura do Prédio Rosa, que abriga o Museu desde 2010. O edifício, datado de 1897, é um projeto do renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Ele foi inaugurado juntamente com a cidade de Belo Horizonte, sendo o primeiro prédio da cidade, depois do Palácio da Liberdade. Sob o signo republicano, já foi Secretaria do Estado de Interior e, posteriormente, de Educação. Ele passou por um meticuloso trabalho de restauro para abrigar o museu e a visita é uma excelente oportunidade para conhecer todos os detalhes deste belíssimo ícone da capital mineira.

Entre os dias 03 e 15/12, o museu abriga a exposição “Meu Retrato Brasileiro”, promovida pelo Educativo do museu em parceria com a Sociedade de Poetas Vivos, do Colégio Santo Agostinho. A parceria entre essas duas instituições trouxe a possibilidade de conexão, visando novas perspectivas a partir de exercícios voltados para a ampliação da nossa sensibilidade em relação à pluralidade do Brasil, possibilitando o desenvolvimento do olhar par a nossa história a partir de várias narrativas.

Entre os dias 05 e 29/12, o Museu recebe a Mostra Ateliê 60+, apresentando 18 obras produzidas ao longo de todo o ano dentro do ateliê voltado para pessoas com mais de 60 anos. O programa é conduzido pela Terapeuta Ocupacional especialista em gerontologia, Gal Rosa. Os trabalhos que serão apresentados nesta edição foram confeccionados a partir do reuso de objetos, que foram transformados em telas por 10 participantes das oficinas. Artistas: Conceição Bicalho, Fábio Nelson de Melo, Lourdes Lage, Maria Augusta Souza, Maria da Conceição Costa, Maria do Rosário Fernandes, Nora Costa e Silva, Sessie Alves, Terezinha Fidélis e Zélia Bicalho.

No dia 05/12, às 19h30, o Museu também abriga a oficina “Meditar com Poesia”, ministrada pela artista e empreendedora Débora Rabelo. A proposta é oferecer uma experiência capaz de fazer as pessoas descansarem suas mentes, conectando com elas mesmas. Será também um espaço de encontro, compartilhamento de histórias e uma vivência com a arte a partir da poesia. A prática acontece desde 2015, no MM Gerdau- Museu das Minas e do Metal e desde o seu início, já impactou mais de 500 pessoas. Também no dia 05, ocorre a última a apresentação do ano do ano do projeto Ensaio Aberto, que receberá o músico Djalma Ramalho com o show “Djalma Ramalho em Experimentos Livres”. Nesta apresentação, o ator, poeta, cantor e compositor irá interpretar músicas de artistas da nova geração do Vale do Jequitinhonha numa performance que une a sonoridade típica da região com elementos da música contemporânea.

No dia 07, às 16h, será a vez da estreia do espetáculo “Clássicos do Sítio: um musical”. A montagem, produzida pela Casa de Música de Ouro Branco conta com a participação da orquestra e do oro infantil da instituição. O repertório contempla essencialmente releituras de composições da trilha sonora da primeira versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo. O espetáculo tem direção de cena de Chico Pelúcio e regência de Marcos Silva Santos. A apresentação conta ainda com a participação das solistas Conceição Honorato e Lívia Itaborahy. O LP Sítio do Pica-Pau Amarelo foi lançado em 1977, sob a direção do cantor e compositor Dori Caymmi e produção de Guto Graça Mello, e reuniu músicas de grandes nomes da MPB, como Dorival Caymmi, Ivan Lins, Vitor Martins, João Bosco, Aldir Blanc, Caetano Veloso, Chico Buarque, Francis Hime, Geraldo Azevedo e Sérgio Ricardo para retratar cada um dos personagens do sitio. A canção-título, composta e interpretada por Gilberto Gil, tornou-se um clássico.

A exposição “CoMciência” será inaugurada na quinta-feira, dia 12 de dezembro, às 19h30, já com uma atividade especial: um bate-papo com os artistas que participam da montagem. A exposição apresenta o trabalho dos artistas contemplados no primeiro “Edital CoMciência – Ocupação em Arte, Ciência e Tecnologia”, que recebeu 252 inscrições, de 5 continentes (América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África), espalhadas por 26 países, sendo que 75% delas eram de projetos inéditos.

A exposição apresentará as obras acrossTIME, de Paul Rosero Contreras (Quito/Equador), Campos Elísios, de Henrique Roscoe (Belo Horizonte, Brasil), Código das Minúcias, de Jack Holmer (Curitiba, Brasil), Culturas Degenerativas, de Cesar & Lois (São Paulo, Brasil / San Marcos, USA), Futura Pele, de Thatiane Mendes (Belo Horizonte, Brasil) e Ilha Sonora, de Camila Proto (Porto Alegre, Brasil). A curadoria da exposição é assinada pelos artistas e gestores Alexandre Milagres e Tadeus Mucelli, que também integram a equipe da Bienal de Arte Digital.

A iniciativa, fomentada pelo MM Gerdau e realizada pelo programa CoMciência, voltado para divulgação científica do Museu, surgiu do desejo de se estabelecer uma agenda contínua de ocupação criativa e propositiva de seus espaços. Desta forma, o Edital CoMciência foi lançado em junho deste ano, realizando uma chamada a artistas e pesquisadores que atuam no desenvolvimento de trabalhos que passeiam entre arte, ciência e tecnologia, refletindo sobre as questões de nosso presente, e por que não, sobre quais questões o futuro nos reserva.

O público interessado em conhecer mais sobre as obras e os artistas pode acessar o site www.programacomciencia.org.br.

Dando sequência a programação, na sexta-feira (13/12), o MM Gerdau promove mais uma edição da #60+ TECH, uma oficina de tecnologia gratuita voltada para a terceira idade. Marcada para às 09h30, a atividade traz como tema “Asas para voar” e aborda os sistemas IOS e Android. A proposta é contribuir para a redução da barreira tecnológica que limita muitas relações sociais e, principalmente, a comunicação com o público maior de 60 anos, que muitas vezes ainda não se adaptaram às exigências dinâmicas do mundo tecnológico. Assim, a atividade ministrada por Gal Rosa, pintora autodidata, gerontóloga, empreendedora social e social media para o público 60+, busca possibilitar aos participantes o aprendizado no uso de novas tecnologias, sentindo-se confortáveis a “fuçar” e se libertarem da fobia tecnológica, tomando coragem para tornarem-se independentes. A participação na oficina #60+ TECH é gratuita e não requer inscrição prévia.

O público 60+ também é convidado para o LAB 60+Café, na terça-feira (17/12), às 19h30, para participar da reunião com apresentação de projetos e confraternização com café, promovida pelo Movimento LAB60+ Longevidade. A iniciativa propõe respostas positivas e inovadoras para a longevidade, por meio da conexão entre os diversos atores sociais.

O encontro é uma oportunidade para que organizações de todos os setores se unam para discutir, ouvir, propor, implementar e financiar soluções coletivas, voltadas para que os cidadãos resignifiquem o que é ser e realizar aos 60+ anos. Os interessados em participar podem se inscrever pelo site www.lab60.me ou pelo whatsapp: (31) 98516 8710.  

Já no sábado, 14 de dezembro, às 15h, o Museu das Minas e do Metal realiza a cerimônia de entrega da Medalha Djalma Guimarães, a condecoração honrosa ao (à) melhor aluno (a) dos cursos de Geologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Serão contemplados com a honraria os alunos Júlia Mattioli Rolim, do Centro Universitário Uni-BH, Jéssica Stéfane Santos Cândido, de Engenharia Geológica da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Júlio Cézar Kattah Resende Ferreira, graduados no ano de 2018.

Criada em 1977, a solenidade é uma homenagem ao legado deixado pelo pesquisador, cientista e geólogo Professor Djalma Guimarães como personalidade emérita e fundamental nos estudos das Geociências no Brasil. O Museu dedica uma sala com sua história de vida, além de possuir o acervo herdado do Museu de Mineralogia Prof. Djalma Guimarães, que compõe o Inventário Mineral.

O MM Gerdau recebe no dia 19 de dezembro, às 19h30, a apresentação musical “Sinfonias de Natal”, apresentada pela Associação Cultural Coral Canarinhos de Itabirito. Aproveitando o clima natalino, os Canarinhos de Itabirito trazem na apresentação a voz como expressão máxima da cultura humana, unindo em um só repertório o clássico e o contemporâneo, o antigo e o atual, numa verdadeira busca por sons que refletem a magnificência do natal.

Coro mais antigo da instituição, o Coral Canarinhos de Itabirito é um dos sete grupos artísticos da ACCCI. Filiado à Federação Internacional Pueri Cantores, o grupo realizou turnês e concertos em 10 estados brasileiros e no Chile. O grupo regido pelo Maestro Éric Lana é composto por jovens músicos com idades entre 10 e 23 anos, que além de cantar também tocam pelo menos um instrumento musical e contam com preparação Vocal de Thays Simões.

Fundada em 1973, na cidade de Itabirito/MG, pelo maestro e compositor Padre Francisco Xavier Gomes, a Associação Cultural Coral Canarinhos de Itabirito (ACCCI) é hoje uma associação sem fins lucrativos, patrimônio imaterial da cidade de Itabirito, que tem como sua principal finalidade formar crianças e jovens para a música e para a vida, promovendo experiências artísticas únicas e transformadoras. Com 46 anos de existência, a instituição, conta hoje com cerca de 200 alunos e 07 grupos artísticos.

Exposição “Fósseis: do mar à conquista da terra” chega a Ouro Branco  

O mês de dezembro ainda reserva uma ação especial do Museu das Minas e do Metal, realizada em parceria com a Prefeitura de Ouro Branco e com patrocínio da Gerdau: a itinerância da exposição “Fósseis: do mar à conquista da terra”. A montagem se destaca também por ser uma ação voltada para a acessibilidade e a inclusão do público com deficiência.

A acessibilidade e a inclusão sempre estiveram presentes nas ações do MM Gerdau, no entanto, a exposição marca uma nova etapa da relação do Museu com seu público. “Fósseis é a primeira exposição totalmente acessível do Museu, sendo planejada segundo os conceitos do design universal. Todo o ambiente, o mobiliário, os conteúdos e a forma como são apresentados foram pensados para serem acessíveis a todas as pessoas, independentemente de sua idade. A exposição contará com piso tátil, conteúdos apresentados em braile, em vídeos com legendas e tradução em libras, além de peças disponíveis para o toque”, explica Luciana Cajado, consultora de acessibilidade e inclusão do MM Gerdau.

A equipe multidisciplinar do MM Gerdau contou com a coordenação do museólogo Carlos Jotta, o que reforça a importância do trabalho interdisciplinar nas instituições museais para a comunicação das coleções junto ao público. “Fósseis” chega ao Casarão da Praça Santa Cruz a partir de 02 de dezembro, apresentando parte do seu acervo inédito de fósseis que conta com cerca de 100 peças, sendo a mais antiga com aproximadamente de 540 milhões de anos.

Os fósseis representam a Era Paleozoica, além de um recorte especial da Era Mesozoica, oriundas da Chapada do Araripe, região que se estende pelo Ceará, Pernambuco e Piauí. A proposta da exposição é levar os visitantes a uma viagem a que perdura milhões de anos, ajudando-os a compreender como a vida se desenvolveu na Era Paleozoica, que durou quase 300 milhões de anos (541-251 Ma).

“Nesta exposição, os visitantes poderão compreender como se deu o início da vida no planeta. Em nosso recorte apresentamos a Era Paleozoica e seus marcos. Esta exposição visa atender a curiosidades dos jovens que visitam o Museu, principalmente no período de férias. É uma oportunidade única do público em geral conhecer, de maneira concreta, a evolução das espécies que habitaram nosso planeta há milhões de anos”, explica Andrea Ferreira, geóloga e curadora de Geociências do Museu.

A viagem começa no módulo dedicado ao Mar Primitivo, onde será possível ver fósseis que representam o início da vida marinha, em seguida os “viajantes” seguem para o Pântano, onde poderão acompanhar a transição dos seres entre mar e terra que aconteceu há 423 e 358 milhões de anos. A jornada termina ao chegar à Floresta, onde encontrarão fósseis que contam a história dos primeiros répteis, animais que se desenvolveram a partir da evolução de alguns anfíbios.

Com um recorte especial, a exposição faz um salto para a Era Mesozoica (252-66 Ma), no Período Cretaceo, apresentando a Chapada do Araripe, o maior sítio paleontológico do Brasil. A região se evidencia tanto pela pluralidade quanto pela qualidade dos fósseis lá encontrados. Os visitantes poderão conferir alguns fósseis deste importante sítio que revelam a história da evolução também no território brasileiro.

Todas as atividades listadas acima são gratuitas. A programação completa do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal está disponível no site: http://www.mmgerdau.org.br/programe-se/

Foto:Netun Lima

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