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RESTAURANTE “O TACHO” ABRE AS PORTAS E APRESENTA A LEGÍTIMA COZINHA CAIPIRA

Chef Mariana Gontijo prepara pratos com o intuito de quebrar o colonialismo cultural gastronômico e valorizar o que há de mais característico na região

A valorização da cozinha mineira e caipira já faz parte do DNA da chef Mariana Gontijo, que é conhecida por estar à frente do Roça Grande. A partir do dia 6 de dezembro, o público de Belo Horizonte tem a oportunidade de mergulhar nessa cultura alimentar em outro restaurante comandado pela chef: o TACHO, que traz um ambiente aconchegante e repleto de afetividade, localizado no bairro Carlos Prates.

Diferente do Roça Grande, que serve Prato Feito e uma opção por dia, o TACHO vem com um menu completo, à la carte, com sete opções de entrada, sete de pratos principais e quatro sobremesas. A iniciativa envolve três sócios, Mariana Gontijo, Igor Fernandes e Maria Celeste. “Quem já conhece o Roça Grande vai se identificar com o TACHO, que é o Roça com roupa de domingo. E é isso mesmo, o Roça nasceu no interior, em Moema, junto comigo e veio pra BH, já o TACHO nasceu dentro do Roça, em BH”, explica a chef Mariana Gontijo.

Uma das principais intenções do novo restaurante é quebrar o colonialismo cultural, fugindo da ideia de só o que vem de fora é bom. Por isso, os produtos utilizados são locais, as receitas de raiz - que celebram o que é feito há séculos no interior do estado - e as técnicas e culturas caipiras, que envolvem hábitos e costumes que fazem a diferença no preparo da comida. Todos os pratos contam com pelo menos um ingrediente nativo do Cerrado ou produzido por algum de seus povos tradicionais: sertanejos, quilombolas, cooperativas, agricultores e agricultoras familiares.

A escolha do nome veio a partir de uma das ferramentas mais emblemáticas das cozinhas caipiras, mineiras e sertanejas. “O Tacho é símbolo de fartura, da alegria da celebração, da oralidade do entorno da comida e do ato de compartilhar o alimento, praticamente uma unidade de medida na comida farta dos dias festivos na roça. É esse o conceito do nosso restaurante, que pretende proporcionar uma experiência singular para ao público”, completa a chef.

Com o objetivo de se apresentar como um centro de promoção da cultura alimentar, o espaço pretende abrigar atividades culturais que vão além dos sabores. o TACHO também abrirá as portas para o público participar de saraus, exposições fotográficas, música e outras atrações que valorizem e dialoguem com a cultura alimentar mineira e caipira.

Sobre o menu

Já na primeira espiada no cardápio é possível ser transportado para a memória dos almoços em família, o tempero da avó e hábitos da infância. Afinal, quem nunca implorou pela raspa do angu, viu a cozinheira colocar cachaça no tutu ou achou incrível que uma folha teria gosto de peixe?

Nomeado como “Caminhos do Cerrado”, o menu conta a história dos primeiros caminhos da chef Mariana Gontijo pelo Cerrado Mineiro e faz uma ligação entre a cidade de Belo Horizonte, a sua cidade natal Moema/MG e os demais povos do Cerrado em todo o Brasil.

As entradas dão o primeiro gostinho do que se trata a cozinha caipira. É possível pedir o prato “Tripa Frita”, onde se come terrine de miúdos, tripas fritas e brotos com molhos e compota de jabuticaba. Outra opção é a “Quitanda”, com rosca caseira tostada na manteiga, coalhada seca, melado de cana e azeite mineiro; há ainda gamela de frios, coxinhas com creme verde de pequi e inhame, entre outros.

Como pratos principais, há opções para todos os gostos, incluindo uma receita vegana. O público pode escolher entre Peixinho na mentira, Refogado, Arroz de Galinha da Angola, Tutu Tonto com Leitão, Pé de porco recheado com galo, Peixe de rio, uma homenagem à cozinha volante dos tropeiros e outras alternativas.

Entre as opções de sobremesa, é possível escolher entre torta de chocolate mineiro com calda de tamarindo, sorvete de baunilha do cerrado, arroz doce vegano e uma degustação de doces feitos de ovos e maria gordinha, como quindim, ambrosia, lambedor, fios de ovos e muito mais.

A mineiridade também está presente na carta de bebidas. Há cervejas especiais Verace, cachaças de Moema, Passa Quatro e Bom Despacho além de vinhos mineiros e um drink especial chamado de “Um brinde à Lagoinha”. Trata-se de uma caipirinha feita com cachaça de Moema e Cagaita, sendo uma homenagem da Chef à região da Lagoinha, onde nasceu a boemia Belorizontina, e às raízes do bairro Carlos Prates, onde se encontra o Restaurante.

O TACHO será um espaço de diálogo entre a roça e a capital, entre o antigo e o moderno. Um lugar onde o passado será lembrado, o presente será comemorado e o futuro esperado de braços abertos.

Foto:Daniel Chico

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