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Exposição Caravana Modernista ultrapassa 10 mil visitantes em menos de 1 mês no CCBB-BH

Montagem revela importantes fatos históricos e um rico acervo que apresentam o pioneirismo da produção modernista brasileira

Entrando nas duas últimas semanas de visitação, a exposição Caravana Modernista, promovida em parceria pela CASACOR Minas e o Centro Cultural Banco do Brasil, já ultrapassa 10 mil visitantes em menos de 1 mês. Aberta ao público de quarta a segunda, no CCBB-BH, a exposição segue apresentando ao público um rico acervo a respeito da produção modernista brasileira até o dia 16 de dezembro.

Inspirada pelo episódio – conhecido como Viagem da Descoberta do Brasil – a equipe da CASACOR Minas empreendeu a Caravana Modernista, uma jornada que permitiu uma viagem no tempo, revisitando aspectos artístico-culturais ligados à produção do período modernista no Brasil. De Belo Horizonte a Cataguases, na mesorregião da Zona da Mata, o roteiro de quatro dias também foi encorajado por outro motivo: Na última edição que marcou os 25 anos da CASACOR Minas, a mostra foi realizada pela primeira vez no Palácio das Mangabeiras, antiga residência oficial dos governadores do Estado de 1955.

Viajar no tempo para revisitar aspectos artístico-culturais ligados à produção do período modernista do Brasil. Esse é o objetivo da Caravana Modernista, que já soma cerca de 10.500 visitantes na exposição até então. A ideia nasceu quando o idealizador da proposta traçou uma linha do tempo a partir do momento em que soube que a CASACOR Minas seria realizada no Palácio das Mangabeiras.

Durante a pesquisa, Rafa Alves encontrou uma antiga casa, mais precisamente do ano de 1941, na cidade de Cataguases, onde todo o projeto arquitetônico era assinado por Niemeyer e o paisagístico por Burle Marx. “Essa residência era de um antigo industrial e fazendeiro da região chamado Francisco Inácio Peixoto. Ele contratou o famoso arquiteto para construir a residência, já em um conceito pré-modernista, além do renomado paisagista para fazer o jardim do ambiente. Ou seja, Niemeyer e Burle Marx já existiam como dupla desde o início da década de 1940”, revela Rafa Alves.

Ainda de acordo com ele, um fato interessante a ser observado é que a casa no município mineiro antecede ao Palácio das Mangabeiras, que começou a ser construído em 1955. Ao perceber essa diferença de 14 anos, Rafa Alves decidiu construir uma ligação entre as cidades de Belo Horizonte e Cataguases. O resultado dessa linha do tempo foi a Caravana Modernista.

Foram três visitas durante o processo de pesquisa e a caravana com o grupo contabilizou quatro dias de visita a Cataguases, o projeto reuniu uma série de materiais históricos importantes como os primeiros croquis do mestre Joaquim Tenreiro como projetista autoral de mobiliário brasileiro. “Tenreiro foi o responsável pelo mobiliário da casa em Cataguases. Foi lá que ele começou a desenvolver os seus móveis, que hoje são valorizados em todo o mundo”, destaca Rafa Alves.

Registros das obras de Oscar Niemeyer, fotografias da residência com os herdeiros de Francisco Inácio Peixoto, que abriram as portas para a equipe da CASACOR Minas, assim como a primeira câmera utilizada pelo cineasta Humberto Mauro para filmar um filme no Brasil, que também aconteceu na cidade de Cataguases, estão nos registros da Caravana Modernista.

A exposição ainda apresenta uma série de trabalhos que contribuem para entendermos melhor o período modernista no Brasil, e suas contribuições em Minas Gerais.

Foto:Ruy Teixeira

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