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A produção audiovisual nas favelas, com apresentação de Blues do Morro e Cia dos Anjos

O Memorial Vale convida a todos para um bate-papo sobre a produção audiovisual feita nas favelas e periferias de Belo Horizonte. O evento será no próximo sábado, dia 7 de dezembro, de 13h30 às 17h dentro do projeto Diversidade Periférica, que visa trazer para o espaço do museu a produção cultural das periferias da capital mineira. Serão exibidas algumas produções de vídeo e, em seguida, acontecerá a roda de conversa com os cineastas e videomakers Pedrão (Pedro Henrique Monteiro Moreira), Marcão (Marcos Donizetti da Silva), Cristiano Rato e Gabi Matos. Em seguida, haverá apresentação de dança da Cia dos Anjos e show do grupo Blues do Morro. A entrada é gratuita, sujeita a lotação, com retirada de senhas uma hora antes do evento. O Memorial Minas Gerais Vale fica na Praça da Liberdade, 640, esq. Gonçalves Dias.

Mostrar e pensar a produção de cinema e vídeo das favelas contribui para revelar como os moradores dessas comunidades têm feito seus registros sobre sua vida cotidiana e sua cultura e o que isso significa para eles. “Pelo olhar da favela, registrar é ferramenta para descolonizar. O protagonismo tem se dado em todas as áreas da produção audiovisual, proporcionando representatividade, visibilidade e inclusão”, observa a curadora do Diversidade Periférica, Patrícia Alencar, uma das presidentes da Central Única das Favelas (Cufa).

Bate-papo (13h30)

Palestrantes:

Marcos Donizetti da Silva, conhecido como Marcão Pesada, Bacharel em Cinema e Audiovisual, educador, cineclubista e realizador audiovisual, atua em projetos de formação em audiovisual para juventudes de favela. É militante e ativista da Cultura Hip Hop de Belo Horizonte.

Cristiano Silva Rato é autor de “Sentido Suspenso! (2012, Multifoco) e tem diversos textos espalhados pela internet, além de editor na editora Caos & Letras. Documentarista, com documentários voltados ao fortalecimento de grupos e pessoas historicamente vulnerabilizadas e também vítimas de violações direitos, formado em comunicação, pesquisador-extensionista do Programa Polos de Cidadania da UFMG, é também um dos idealizadores do programa de websérie documental Literatura no Boteco. Atualmente integra o Coletivo Terra Firme em Ibirité, e a Cooperativa de Literatura Marginal. É idealizador do selo editorial e agência multimídia Marginália Comunicação.

Link:

https://www.youtube.com/watch?v=NjkG6P0UDI4

Pedro Henrique Monteiro Moreira

A empresa P.Drão Vídeo Clipes foi fundada por Pedro Henrique Monteiro Moreira no ano de 2005 em Belo Horizonte/MG. No mercado há 14 anos como produtora de vídeo clipes musicais, tem como público principal artistas periféricos, cantores e bandas que não contam com o apoio de empresários e grandes nomes da música para apadrinhá-los e investir financeiramente em seu talento. A empresa tem como principal missão contribuir com o crescimento artístico de seus clientes; viabilizando o sonho, e possibilitando que seu trabalho seja visto por inúmeras pessoas por todo o Brasil. Em sua trajetória, emplacou diversos trabalhos de sucesso nacional, chegando ao marco de mais de 1.000 vídeo clipes produzidos, o que proporcionou muitas histórias, bagagem e experiência suficiente para ser referência em seu mercado de trabalho. A empresa conta com um canal na plataforma YouTube onde atualmente estão prestes a bater a incrível marca de 1.000.000 (um milhão) de inscritos.

Links:

https://www.youtube.com/channel/UCBGTMng3f0QU1mtIj5iZ6RQ

https://www.youtube.com/watch?v=r2kScVD8vmA

Gabriela Sousa Matos

Graduanda em Cinema e Audiovisual pelo Centro Universitário UNA (2019) e Técnica em Produção Cultural com ênfase em Artes Visuais pela Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia (2014), tem a fotografia estática e em movimento como principal área de atuação. Desenvolve pesquisas e projetos a partir de temas que permeiam sua vivência, como gravidez na adolescência, juventudes periféricas, feminismos, entre outros. Em 2018 lançou o primeiro documentário assinando a direção, chamado “Favela Em Diáspora”, que aborda a entrada do projeto “Vila Viva” no Morro do Papagaio na visão dos moradores, através do viés do pertencimento. É uma das fundadoras da RENCA - Produções e Interações Culturais, lançada em 2018. Atualmente finaliza o primeiro longa assinando a direção, chamado “Matriarcas da Serra”, um filme ensaio que fala sobre a história do Aglomerado da Serra na perspectiva das mulheres.

O documentário Favela em Diáspora ficará disponível em looping na sala Espetáculo Mineiro.

Favela em Diáspora:

Ficha Técnica:

Tempo de duração: 21'56

Nome da diretora: Gabriela Matos

Produtora: Renca Produções e Interações Culturais

Ano de produção: 2017

Sinopse do filme:  "Em meio a uma desapropriação o que fica? Memórias, de um povo que está à margem do asfalto. Moradores do Morro do Papagaio relatam através de suas vivências como o processo de migração compulsória realizado por um projeto da prefeitura, provoca uma ruptura em suas histórias."

Link Favela em Diáspora:

https://www.youtube.com/watch?v=VJc0-1WOLVE&list=UUJsObeCSlrdH8WVjQpZ_-9Q&index=1

Link Renca Produções e Interações Culturais:

https://www.youtube.com/channel/UChkgtkOlkXu5WOIhDgV86FQ

Shows:

Cia dos Anjos (15h40)

O grupo foi formado por estudantes de dança de rua em 16 de dezembro de 1999, com o foco de levar esse estilo de dança aos altares, palcos e teatros de uma maneira profissional e educativa aos espectadores, dando ênfase a uma das vertentes desta linguagem: o estilo hip hop dance e o house. Seu primeiro nome foi Cia of Angels e depois passou a se chamar “Cia dos Anjos”. Em seu tempo de existência a Cia dos Anjos já alcançou um grande reconhecimento no cenário da cultura Hip Hop, e desde seu surgimento, acompanha os diversos encontros e acontecimentos que marcam a dança urbana em BH.

Blues do Morro (16h)

O Blues no Morro é uma iniciativa que tem por objetivo a democratização da música afro americana na periferia de Belo Horizonte através de um projeto pedagógico e da produção de encontros culturais para o ensino da linguagem de improvisação e da multi-instrumentalização. O projeto acontece desde 2016 e foi responsável pela formação de vários alunos, crianças, jovens, adultos e idosos. A performance irá trazer alunos formados no projeto para se apresentarem ao público e mostrarem os conhecimentos adquiridos ao longo da formação.

Foto: Divulgação

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