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A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, dá início na próxima semana a mais uma etapa do projeto de adequação do Conjunto Moderno da Pampulha ao plano de intervenções proposto a partir das avaliações e considerações da Unesco para o reconhecimento do local como Patrimônio Cultural da Humanidade.

Para atender às diretrizes de restauro e manutenção, a guarita, localizada ao lado da ponte que dá acesso à Casa do Baile, será demolida e o gramado no local, replantado. A obra visa garantir a visibilidade da edificação, bem como sua integridade e autenticidade, prevendo a restauração da entrada original mediante pesquisa histórica e arquitetônica.

Com o intuito de proteger os demais elementos arquitetônicos no entorno da guarita, e também por motivo de segurança, a Casa do Baile será fechada à visitação por cerca de cinco dias (de 18 a 22 de dezembro), podendo esse prazo ser antecipado de acordo com o andamento dos trabalhos.

Prevista no Plano de Intervenção do Conjunto Moderno da Pampulha, a obra também ajudará na fruição do equipamento, que poderá ser contemplado de forma mais livre, sem impedimentos visuais, valorizando as formas únicas da Casa do Baile e a paisagem no local. “Este plano tem como objetivo garantir a fruição do Conjunto, e em particular no caso da Casa do Baile, esta ação também impacta na manutenção de sua integridade e autenticidade”, afirma Janaína França, gerente do Conjunto Moderno da Pampulha.

O Conjunto Moderno da Pampulha

Formado pela Igreja de São Francisco de Assis, pela Casa de Baile (atual Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte), pelo Iate Golfe Clube (hoje Iate Tênis Clube), pelo Cassino (atual Museu de Arte da Pampulha) - construídos quase simultaneamente entre 1942 e 1943 - e pela a residência de Juscelino Kubitschek (atual Casa Kubitschek) - construída em 1943, o conjunto arquitetônico e paisagístico foi inaugurado, em 1943, na região da Pampulha, na gestão de Juscelino Kubitscheck como prefeito de Belo Horizonte. Teve como projetista o arquiteto Oscar Niemeyer, com colaboração do engenheiro Joaquim Cardozo, e trouxe, ainda, o paisagismo de Roberto Burle Marx, os painéis de Cândido Portinari e as esculturas de Alfredo Ceschiatti.

Foto: Ricardo Laf