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Museu de Arte da Pampulha celebra 60 anos expondo obras do acervo

MAP irá apresentar obras de arte criadas nas seis primeiras edições do Programa Bolsa Pampulha, desenvolvido desde 2003

A Fundação Municipal de Cultura abre ao público no próximo domingo, dia 17, no Museu de Arte da Pampulha (MAP), a exposição “60 anos, museu + residência”. A mostra celebra os 60 anos de criação do Museu, apresentando as obras de seu acervo com ênfase no Bolsa Pampulha, programa pioneiro no Brasil de residência artística, iniciado em 2003. A exposição pode ser visitada até o dia 4 de março de 2018, de terça a domingo, das 9h às 18h30. A entrada é gratuita.

A exposição traz obras e documentos diversos referentes às seis edições do Programa Bolsa Pampulha que estão incorporadas ao acervo do MAP. São aproximadamente 50 trabalhos expostos e documentos sobre o programa, tais como: projetos das obras, catálogos, fotografias, convites, folders, vídeos, entre outros. O conceito da mostra é colocar obras de diversos artistas em diálogo, por meio de aproximações e fricções, na tentativa de revelar a dinâmica das pesquisas e dos projetos realizados pelos bolsistas residentes.

“60 anos, museu + residência” é também uma mostra de não acervos, ao apresentar processos e experiências vividas pelos artistas por meio de desenhos, anotações, troca de correspondências, folhetos e outros materiais que não foram depositadas na coleção do Museu. Se, por um lado, é a revelação de uma ausência, de uma lacuna na coleção, por outro, é a presença da ideia de residência, de ocupação coletiva, da força das relações intragrupais, da solidariedade comprometida com projetos entre artistas, críticos e curadores que participaram nas comissões de acompanhamento estabelecidas no programa.  É outro acervo indicador do que é o Museu.

MAP – 60 Anos

Projetado para ser cassino no início da década de 1940, sob a administração do prefeito Juscelino Kubitschek, o prédio que abriga hoje o Museu de Arte da Pampulha (MAP) foi o primeiro projeto de Oscar Niemeyer para o Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Com a proibição do jogo no Brasil, em 1946, o prédio do Cassino hibernou por cerca de dez anos. Em 12 de dezembro de 1957 foi criado o Museu de Arte. Datam dessa época as primeiras doações de obras que hoje compõem o acervo do Museu. Destacam-se trabalhos de Alberto da Veiga Guignard, Emiliano Di Cavalcanti, Ivan Serpa, Tomie Ohtake, Franz Weissman e Amilcar de Castro, além de uma significativa coleção de gravuras brasileiras, que conta com importante produção de Oswaldo Goeldi. Outra parte da coleção é procedente dos prêmios dos Salões de Arte, que tiveram grande repercussão e influência nas décadas de 1960 e 1970. O acervo com cerca de 1,5 mil obras é mostrado ao público periodicamente, em exposições produzidas para espaços culturais da capital e de outras cidades mineiras.

O Bolsa Pampulha

Criado em 2003 pelo curador Adriano Pedrosa, o Bolsa Pampulha é um programa de residência artística que permite aos artistas selecionados o desenvolvimento de trabalhos de pesquisa, além de criação de propostas exclusivas e produção de obras em Belo Horizonte. O programa cria condições para a discussão crítica sobre a prática dos artistas, propicia o intercâmbio cultural e expõe o ousado olhar de artistas de uma nova geração, colocando Belo Horizonte nas importantes discussões da arte contemporânea. O propósito é promover e fomentar as artes visuais em Belo Horizonte, contribuindo para o processo formativo da comunidade artística local e nacional, e favorecendo a produção artística jovem.

 

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