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Fundação Clóvis Salgado lança catálogos dos Editais de Ocupação de Artes Visuais e Fotografia de 2017

Evento terá bate-papo com os artistas Éder Oliveira e Thiago Aguiar

Na próxima quinta-feira (20), a Fundação Clóvis Salgado realiza o lançamento dos catálogos das exposições selecionadas peloEdital de Artes Visuais e do Edital de Fotografia de 2017. As mostras de artes visuais Pintura – ou a Fotografia como violência, de Éder Oliveira, MãePreta, de Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa, e PanAméricadsueño, de Ricardo Burgarelli, ocuparam as galerias Genesco Murta, Arlinda Corrêa Lima e Mari’Stella Tristão, respectivamente. Já a CâmeraSete – Casa de Fotografia de Minas Gerais recebeu exposições dos fotógrafos mineiros Pedro Valentim, com o projeto Duelo de MCs - Uma década ocupando as ruas, e Tiago Aguiar, com Du Rusá.

O lançamento contará com um bate-papo com o artista paraense Éder Oliveira, que participou do Edital de Artes Visuais com pinturas de pessoas anônimas representadas pela mídia policial do Pará, e com o fotógrafo mineiro Tiago Aguiar, que fez parte do Edital de Fotografia com uma imersão na simbologia do Congado, por meio de retratos dos moradores do bairro Rosário, no Serro. A conversa será mediada pela Gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado, Uiara Azevedo.

Os catálogos, que terão distribuição gratuita para o público presente na CâmeraSete, reúnem fotografias das obras, textos autorais e institucionais, biografia dos artistas e outros detalhes sobre as exposições, que foram abertas para visitação em maio de 2017, permanecendo nas galerias até agosto do mesmo ano.

SOBRE AS EXPOSIÇÕES

EDITAL DE OCUPAÇÃO DE ARTES VISUAIS 2017

Pintura – ou a Fotografia como violência, de Éder de Oliveira

Galeria Genesco Murta

O fascínio pelos retratos e a curiosidade por rostos desconhecidos inspiraram Pintura – ou a Fotografia como violência, trabalho do paraense Éder Oliveira. As obras denunciam a forma como o povo mestiço, grande parte da população do Pará, é retratado na pesquisa iniciada pelo artista em 2004, que buscava investigar pessoas anônimas representadas pela mídia. A exposição foi composta pelas séries Arquivamento, Pintura mural, Fotografias Intervenções, Cenas singulares, Monocromos,Autorretrato vermelho, Galeria de Gatunos e Páginas vermelhas. Todas elas evidenciam como a vasta população paraense, amplamente negra e mestiça, muitas vezes, é relegada às páginas policiais.

• MãePreta, de Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa

Galeria Arlinda Corrêa Lima

Buscando desvelar a importância da mulher negra para a formação social brasileira, as pesquisadoras e artistas Isabel Löfgrene Patricia Gouvêa organizaram a exposição MãePreta, que ressignifica arquivos do período da escravidão para contar uma outra versão da história, na qual as negras escravizadas são protagonistas. A mostra evidenciou uma das histórias mais dolorosas da humanidade: a das mães pretas, as amas de leite geradas pela escravidão por necessidade do leite materno, alimento imprenscindivel para a sobrevivência dos bebês da Casa Grande. A exposição dedicou seu olhar, prioritariamente, às mães negras e suas relações com seus filhos de sangue, mas também à relação entre as amas e os filhos brancos dos senhores.

PanAméricadsueño, de Ricardo Burgarelli

Galeria Mari’Stella Tristão

O artista visual Ricardo Burgarelli, reconhecido por desenvolver projetos circunscritos nos campos da história, da memória e da técnica, criou a instalação PanAméricadsueño, composta por 23 desenhos, 10 serigrafias e centenas de xerografias. Com criações realizadas a partir de suas experiências e inquietações em relação aos acontecimentos que o cercam, desde situações cotidianas até a conjuntura sociopolítica atual, a exposição contou com trabalhos inéditos produzidos a partir de julho de 2016. Todas as peças correspondem a uma atualização do imaginário e dos assuntos abordados em PanAmérica, livro do escritor José Agrippino, e objeto de estudo e inspiração do artista.

EDITAL DE OCUPAÇÃO DE FOTOGRAFIA 2017

• Duelo de MCs - Uma década ocupando as ruas, de Pedro Valentim

O Duelo de MCs, evento que é marco da cena cultural de Belo Horizonte, completou dez anos de existência em 2017. Para comemorar a data, os integrantes da Família de Rua (FDR), ocuparam o hall da CâmeraSete - Casa da Fotografia de Minas Gerais com a exposição coletiva Duelo de MCs - Uma década ocupando as ruas. Cerca de 50 fotografias selecionadas a partir do acervo do grupo contam a história do Duelo, desde suas primeiras edições, quando ainda era realizado na Praça da Estação, até os dias atuais, já estabelecido no Viaduto Santa Tereza como um dos maiores encontros nacionais de artistas e amantes da cultura do rap e hip-hop.

• Du Rusá e La Du Rusá, de Tiago Aguiar

O Congado, um dos mais tradicionais símbolos da formação cultural em Minas Gerais, inspira o trabalho do fotógrafo mineiro Tiago Aguiar. A exposição Du Rusá reuniu 20 fotografias e foi uma imersão na simbologia da Festa do Rosário dos Homens Pretos do Serro. Por meio de retratos dos moradores do bairro Rosário, no Serro, Tiago criou memórias e registros afetivos em formato de retrato, daqueles que participam ativamente das celebrações. Como desdobramento da exposição, Tiago produziu La Du Rusá, série de retratos em formato de Selos Postais, com a identidade visual dos Correios, das personagens que o inspiraram.

Foto: Paulo Lacerda

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