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Fundação Clóvis Salgado realiza trajeto cultural pelo Passeio Niemeyer e apresenta balanço da gestão 2015-2018

Encerrando, ainda com bastante fôlego, os quatro anos de gestão, a Fundação Clóvis Salgado convidou a imprensa para um passeio nesta sexta-feira, 28 de dezembro. Na ocasião, o presidente Augusto Nunes-Filho conduziu os jornalistas por um percurso pelo Passeio Niemeyer, corredor cultural que conecta o Palácio das Artes ao Parque Municipal Américo Renné Giannetti, e que está aberto desde sexta-feira (21).

Segundo o presidente, o passeio é uma nova forma de conectar dois locais tão significativos para a população mineira. “Essa novidade amplia o acesso do público aos espaços culturais da cidade e é uma alternativa para o belo-horizontino também na temporada de férias. Além disso, o nome escolhido pela Fundação Clovis Salgado presta merecida homenagem ao projeto inicial do Palácio das Artes, planejado por Oscar Niemeyer”, destaca.

Durante a visita, além de apresentar a Galeria Aberta Amilcar de Castro, o mais novo espaço expositivo da Fundação Clóvis Salgado, inaugurado em 17 de dezembro, o presidente também fez um balanço da atual gestão da FCS, com a distribuição dos relatórios de Gestão e Atividades, referentes aos biênios 2015-2016 e 2017-2018. Os documentos apresentam todos os números, dados e atividades realizadas pela instituição ao longo dos quatro anos da gestão.

Passeio Niemeyer e Galeria Aberta Amilcar de Castro – No período que compreende os anos de 2015 a 2018, a FCS investiu na requalificação de seus espaços externos. Uma das principais ações é a inauguração do Passeio Niemeyer, o espaço fronteiriço entre o Parque Municipal Américo Renné Giannetti e o Palácio das Artes, que democratiza o acesso ao complexo cultural e resgata o conceito original criado por Niemeyer que teria a entrada principal do empreendimento pelo Parque Municipal. Com essa iniciativa, a FCS amplia o conforto e a acessibilidade do público, que já tem livre acesso tanto pelo Parque quanto pelo Palácio das Artes. Os portões serão abertos de acordo com o funcionamento do Palácio, de terça a sábado, das 9h às 18h; e aos domingos, das 16h às 18h. Como o Parque Municipal não abre às segundas, os portões permanecerão fechados nesse dia.

Os jardins do Palácio também foram revitalizados, com a requalificação dos pisos, que ganharam uma nova pavimentação em calçamento português. Para interligar os ambientes internos do Palácio das Artes, o Passeio Niemeyer chega até o Jardim Interno, que dá acesso à Galeria Arlinda Corrêa Lima, espaço que passou por obras e teve sua entrada voltada para o Jardim. A mesma lógica foi aplicada às Galerias Genesco Murta e Arlinda Corrêa Lima. Juntos, os espaços no andar inferior do Palácio das Artes apresentam ao público um espaço diferente, repleto de surpresas para quem, até então, só conhecia a entrada da Av. Afonso Pena.

A Fundação Clóvis Salgado também inaugurou a Galeria Aberta Amilcar de Castro, um espaço localizado entre as Galerias Arlinda Corrêa Lima e Genesco Murta que recebe 12 obras de um dos expoentes do neoconcretismo brasileiro: Amilcar de Castro. Ao lado da Galeria Aberta, foi inaugurada a Arena Cefart, um espaço livre, que funciona tanto como um teatro de arena como um palco de arquibancada, e que é propício à experimentação e à criação dos alunos. Versátil, a Arena Cefart poderá receber espetáculos de todas as escolas do centro de formação, como a Dança, a Música e o Teatro, passando, ainda, por atividades dos alunos dos cursos de Tecnologia da Cena e de Artes Visuais.

Celebrando as importantes conquistas do Cefart – Tradicional escola de formação artística de Belo Horizonte, o Cefart passou por uma reformulação, assim que a atual administração assumiu a gestão da FCS. O Centro de Formação foi aprimorado, e passou a oferecer, a partir de 2015, cursos na área da tecnologia da cena, além dos já tradicionais cursos de dança, música e teatro. O Cefart também passou a abrigar, em 2017, a Escola de Artes Visuais, que oferece cursos livres e gratuitos para a formação de mão de obra capacitada no setor de artes visuais. Foi, também em 2017, que o Curso de Teatro teve seu número de vagas ampliado.

Atualmente, são 40 vagas para duas turmas nos horários da manhã e da noite. Cada turma disponibiliza 20 vagas. O Centro de Formação Artística e Tecnológica reúne, em seu corpo docente 61 professores. Já no corpo discente são 748 alunos. O Curso de Música também foi reformulado pela atual administração da FCS. Funcionando anteriormente como um curso livre, quando os alunos não recebiam qualquer certificado que comprovasse sua qualificação profissional, a partir de 2019, a escola terá uma nova base de formação para os estudantes com a criação do curso Técnico em Instrumento Musical e em Canto, paralelamente à manutenção do curso Básico. Para o próximo ano, o número total de vagas para o curso Básico de Música será de 540. Já o curso Técnico, disponibilizará 68 vagas. No total, a Escola de Música contará com 608 vagas já para 2019.

Em novembro, uma significativa conquista marcou a atual administração da FCS. É o Cefart Andradas, extensão do centro de formação e que, a partir de agora, abriga atividades das cinco escolas que compõem o Cefart, além de ser a nova sede do Centro Técnico de Produção e Formação Raul Belém Machado – CTPF-RBM, que funcionava em Sabará. O local também abriga o Teatro João das Neves, um novo espaço cênico na cidade que já é palco para diferentes produções artísticas do Cefart. A estreia do João das Neves aconteceu com a temporada do espetáculo Elipse Solar, montagem de formatura dos alunos do Curso de Teatro, com direção de Ricardo Alves Jr.

Mudanças estruturais – Em quatro anos de gestão, a atual administração de Fundação Clóvis Salgado investiu em diferentes iniciativas que visam ao fomento da arte e da cultura por toda a cidade e, em especial, às mudanças na infraestrutura do complexo cultural do Palácio das Artes. Atendendo a uma demanda antiga dos frequentadores, a administração da FCS ampliou a quantidade de toaletes do Grande Teatro do Palácio das Artes, disponibilizando 16 novos banheiros no foyer do Grande Teatro. Também a fonte luminosa, na fachada do Palácio, foi requalificada, com novas pastilhas e novo sistema de bombeamento hidráulico, algo que não acontecia há cerca de 20 anos.

Também foram criados outros dois espaços expositivos: a PQNA Galeria Pedro Moraleida, uma homenagem ao artista Pedro Moraleida, que está localizada ao lado da Grande Galeria, e recebe exposições em diferentes suportes artísticos, e a o Espaço Acervo – FCS, um local no andar inferior do Palácio das Artes para abrigar exposições do próprio acervo de Artes Visuais da Fundação.

Augusto Nunes-Filho destaca, ainda, que as mudanças ocorridas, tanto na estrutura no complexo do Palácio das Artes quanto no organograma da Fundação Clóvis Salgado são resultado de um esforço contínuo da gestão em priorizar o trabalho viabilizado quase que integralmente por meio de recursos públicos. “É importante mantermos parcerias com instituições privadas, mas, uma das nossas maiores conquistas, sem sombra de dúvidas, foi ter realizado esse trabalho hercúleo quase que de forma integral, com recursos públicos. Isso nos deu autonomia nesses quatro anos e a certeza da continuidade de uma série de projetos e programas que estão na programação da FCS”, finaliza o presidente da instituição.

Foto: Thamiris Rezende

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