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Não é exagero dizer que o cantor, compositor e instrumentista Rubinho do Vale tem o dom e o gosto de falar com as crianças. Dos seus 15 discos gravados, sete são dedicados especialmente ao público infantil. Nos dias 07 e 08 de janeiro, Rubinho apresenta o espetáculo intitulado “Rubinho do Vale – Para Crianças de Todas as Idades”, dentro da programação do 18º Festival Alterosa de Teatro Infantil, no Teatro Alterosa (Av. Assis Chateaubriand, 499 – Floresta). O espetáculo é uma festa do começo ao fim com músicas que falam de amor, amizade, solidariedade, respeito ao próximo e ao meio ambiente. É um show onde as crianças são parte do espetáculo, pois o público sempre canta e brinca com o artista. O repertório é formado por músicas de Rubinho e do folclore brasileiro. Rubinho do Vale estará acompanhado por uma banda formada pelos músicos Waldir Cunha (Baixo), Fernando Rodrigues (Guitarra), Jairo de Lara (Sax e flauta) e Zeca Magrão (Percussão). Na obra de Rubinho do Vale, o trabalho voltado para o público infantil vai além da música. Composições suas, por exemplo, são utilizadas como instrumentos pedagógicos em livros das editoras FTD, Moderna, Do Brasil, Miguilim, Lê entre outras. Desde 2005 a Fundação Bradesco distribui o kit educação, composto por seis discos de Rubinho do Vale, para suas escolas em todos os estados do Brasil. Uma de suas canções, “Fauna e flora”, foi eleita pelo Ministério da Educação para integrar material pedagógico voltado para a conscientização sobre a importância do meio ambiente. RUBINHO DO VALE Cantor e compositor mineiro do vale do Jequitinhonha. Passou a infância na roça, depois foi para Rubim onde continuou os estudos e concluiu o curso ginasial. Adorava fazer apresentações teatrais na escola, gostava muito do palco. Seu primeiro instrumento foi o acordeom de seu pai, seu Caçula Jardim, ainda na roça. Quando concluiu a oitava série, em 1972, ganhou o primeiro violão que sua mãe, dona Zinha, autorizou comprar fiado na loja Casa Mineira, em Rubim. O menino abraçava, beijava o violão, mas não sabia uma nota, muito menos afinar o instrumento. Poucos dias depois veio para Belo Horizonte tentar a sorte e continuar os estudos, teve que deixar o violão em Rubim, vindo morar numa pensão em BH. Nas pensões onde morou nunca tinha violão, e o jovem que sonhava ser músico só podia tocar nas férias. Início de 1976 foi aprovado no vestibular da Escola de Minas de Ouro Preto para o curso de Engenharia Geológica. Morou em Ouro Preto cinco anos, fez boas amizades, aprendeu bastante, participou de festivais universitários, viu pelas ruas de Ouro Preto grandes artistas brasileiros durante o Festival de Inverno, assistiu a bons espetáculos musicais e teve acesso a discos de MPB, especialmente de cantadores como Elomar Figueira, Geraldo Vandré, Luiz Gonzaga de quem já gostava, de violeiros como Renato Andrade. Nunca estudou música. Totalmente autodidata, desenvolveu sua técnica de tocar violão e seu jeito de compor. Em 1980 veio novamente para Belo Horizonte sem conhecer ninguém mas com um grande sonho: ser um compositor, cantar sua terra o Vale do Jequitinhonha, falar da sua cultura, denunciar as injustiças sociais, a exploração do povo do Vale pelos que chegavam de fora. De grão em grão, Rubinho foi se transformando na voz do Jequitinhonha e um estandarte da luta e da esperança do seu povo. Rubinho do Vale - Para crianças de todas as idades Dias 7 e 8 de janeiro – domingo – 16h30 INGRESSOS - R$ 16,00 e R$ 8,00 Teatro Alterosa – Av. Assis Chateaubriand, 499 – Floresta Informações: 3236-6611